segunda-feira, 6 de abril de 2009

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Mas eis aqui estou vivo

No livro de Apocalipse encontramos logo no capítulo primeiro uma poderosa revelação do Cristo glorificado nos Céus. João o viu como um homem vestido de vestes cumpridas, cingido com um cinto de ouro, a cabeça coberta de cabelos alvíssimos, tendo os olhos como chama de fogo, os pés reluzentes como latão, a voz poderosa como o ruído de uma cachoeira, tendo na sua mão direita sete estrelas, da sua boca saía uma espada afiada, e o rosto brilhava como o sol na sua força. Quando viu essa visão gloriosa, João caiu aos pés do Senhor como morto, mas Jesus pôs a sua mão direita sobre ele e o confortou com a seguinte declaração: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” Ap 1.17,18.
Essa visão do Cristo glorificado nos Céus, evidentemente, está cheia de simbolismo que não será objeto de explicação nesta reflexão. Iremos apenas nos ater a gloriosa declaração: “Mas eis aqui estou vivo para todo o sempre”.
Comecemos por se reportar ao evento histórico da morte e da ressurreição de Cristo. As Escrituras nos relatam que o Senhor Jesus morreu crucificado no monte Calvário. Relata também que ele foi sepultado num sepulcro cedido por um membro do Sinédrio judaico chamado José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, em oculto. Ainda, as Escrituras nos relatam, isto em todos os quatro evangelhos, que ao terceiro dia, Cristo ressuscitou vitorioso dentre os mortos, conforme profetizara em alguns momentos do seu ministério. Depois de ressurreto, o Senhor ainda esteve com os seus discípulos quarenta dias, falando do que se reportava ao reino de Deus. Em seguida, a Bíblia relata a sua ascensão aos Céus onde se assentou à direita de Deus, reassumindo a glória que tinha como o eterno Filho de Deus.
Para nós os cristãos a ressurreição de Cristo é o coroamento da obra redentora que ele veio realizar neste mundo. Sem a ressurreição de Cristo a sua morte perderia todo o sentido, pois o Senhor seria um Cristo morto, vencido, destruído pela força da fragilidade comum aos homens. Mas, graças a Deus que Cristo ressuscitou vitorioso dentre os mortos e está vivo, poderoso nos Céus. Lá, a destra do Pai, o Senhor continua exercendo o seu papel de sumo sacerdote, que começou com o grande sacrifício de Si mesmo na cruz. Agora ele vive intercedendo pela Igreja e essa poderosa intercessão é que nos mantém de pé diante de sua augusta presença.
Amados, neste domingo, quando comemoramos a ressurreição de Cristo, regozijemo-nos e nos alegremos, pois, o nosso Salvador e Senhor está vivo nos céus, revestido de glória e de poder, controlando todas as coisas, mui especialmente aquelas que dizem respeito ao seu povo a quem remiu pelo poder do seu sangue derramado na cruz. “Mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Cristo Ressuscitou

A Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é um dos fatos mais gloriosos do Cristianismo. Ela aconteceu conforme prevista nas Sagradas Escrituras no livro de Salmos e pelo próprio Senhor Jesus ao longo do dia-a-dia de seu ministério. “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu santo veja a corrupção”. Sl 16.10. “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. Mt 16.21.
A ressurreição do Senhor Jesus é um dos fatos mais bem documentados do Novo Testamento. Muitas são as evidências da ressurreição do Senhor, por exemplo: o túmulo vazio, o testemunho de seres angelicais, o testemunho daqueles que o viram ressuscitado e principalmente as suas aparições às testemunhas previamente selecionadas por Deus durante o espaço de quarenta dias, inclusive no dia da Sua ascensão aos céus.
Dentre as aparições do Senhor Jesus merece destaque, na nossa opinião, a aparição feita aos onze apóstolos agora com a presença de Tomé tendo em vista o mesmo ter declarado numa reunião com os seus colegas de apostolados que já tinham visto ao Senhor que não acreditava no testemunho dado por eles se não visse com os seus próprios olhos e se não tocasse nas mãos feridas pelos cravos e não colocasse a mão no lugar do corpo do Senhor que fora ferido pela lança do soldado romano. O Tomé incrédulo ao ver ao Cristo ressurreto, sem nenhuma dúvida mais em seu coração, exclamou: “Senhor meu e Deus meu”.
A morte do Senhor Jesus e a sua ressurreição são os fundamentos da mensagem do Evangelho. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação”. Rm 4.25
Graças à ressurreição de Cristo, a sua morte redentora foi autenticada. Nós adoramos a um Deus vivo, que morreu e ressuscitou dos mortos, subiu aos céus onde está glorificado, assentado à destra da Majestade nas alturas, estando-Lhe subordinado os poderes, as potestades e tudo mais.

A Ressurreição de Cristo

Estamos hoje como Igreja comemorando um dos fatos mais gloriosos do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Sua ressurreição com corpo glorificado, depois de três dias de sepultado.
A ressurreição de Cristo não foi um ato intempestivo de Deus, pois, a mesma já estava prevista dentro do programa redentor, e inclusive já revelada através de profecia. “Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim: por isso que ele está a minha mão direita, nunca vacilarei. Portanto está alegre o meu coração e se regozija minha glória: também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitiras que o teu Santo veja a corrupção. Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegria; à tua mão direita há delicias perpetuamente” Salmo 16.8-11. Essa profecia foi citada por Pedro em seu sermão no Dia de Pentecostes quando tratou da ressurreição de Cristo (Atos 2.25-28).
O Senhor Jesus ao longo do seu ministério, especialmente quando se aproximava de sua consumação fez menção, em diversas ocasiões, de sua morte bem como de sua ressurreição (Mateus 16.21; 17.23; 20.19. As citações de Mateus são corroboradas pelos evangelistas Marcos e Lucas e João).
O fato histórico da ressurreição de Cristo foi registrado nos quatro Evangelhos (Mateus 28.1-10; Marcos 16.1-8; Lucas 24.1-12; João 20.1-18). Também no livro de Atos, nas epístolas paulinas e petrinas, em Hebreus, e no livro de Apocalipse o fato é referenciado.
Nos evangelhos citados, em Atos dos Apóstolos e na 1ª epistola aos Coríntios encontramos as evidências da ressurreição do Senhor Jesus. Essa gloriosa ressurreição foi anunciada pelos anjos de Deus e teve como testemunhas oculares diversos crentes, escolhidos especialmente por Deus para serem testemunhas da ressurreição do Salvador. “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeito ao reino de Deus” Atos 1.3. “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara;...” Atos 10.40,41.
A ressurreição de Cristo tem profundas implicações teológicas dentro do plano de Deus: 1) Ela confirma a deidade do Senhor Jesus (Rm 1.4); Ela é o modelo da ressurreição em glória dos santos quando do segundo advento de Cristo (Fp 3.20,21); Ela autentica a pregação do Evangelho (1 Co 15.14); Ela autentica também a fé em Cristo (1 Co 15.17); Ela confirma o perdão de nossos pecados (1 Co 15.17);...
O corpo ressurreto de Cristo foi o mesmo corpo que Ele morreu, na sua aparência visual, mas revestido de glória, não sujeito mais a corrupção, composto de outras propriedades que não sabemos especificar. Com esse corpo o Senhor Jesus foi assunto aos Céus e assentou-se a direita de Deus, revestido de glória e majestade como Deus-Homem.
A grande mensagem da ressurreição de Cristo é que ela autenticou a obra redentora realizada pelo Senhor na cruz do Calvário. A outra grande mensagem é que, através de sua ressurreição, Cristo comprovou a sua divindade. Ainda a outra grande mensagem é que a ressurreição de Cristo (o corpo glorificado) é o modelo da ressurreição da Igreja, na Sua segunda vinda.
Amados irmãos, o nosso Salvador é o Senhor ressurreto, vivo, poderoso, Senhor dos Céus e da terra e que com sua autoridade controla todas as coisas e é o Cabeça da Igreja. Portanto celebremos ao Senhor neste dia, dia em que comemoramos a Sua gloriosa ressurreição. “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito...”.

A Entronização de Cristo

No estudo da doutrina da pessoa do Senhor Jesus, temos um tema conhecido pelo nome de Os Estados de Cristo. O primeiro Estado é conhecido pelo nome de Estado de Humilhação que consiste das fases: Encarnação, Nascimento, Sofrimento, Morte e Sepultamento de Cristo. O segundo Estado de Cristo é chamado de Estado de Exaltação que consiste das fases: Ressurreição, Ascensão, Entronização e Segunda Vinda de Cristo em glória.
Nesta reflexão teceremos um breve comentário sobre a fase conhecida como a Entronização de Cristo. A Bíblia diz que o Senhor Jesus como o eterno Filho de Deus habitava na glória celeste e estava revestido da glória que Lhe era própria como Deus Filho. “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” Jo 17.5. Com a encarnação, o Verbo, o Senhor Jesus, esvaziou-se daquela glória que tinha e assumiu uma natureza humana, limitada, frágil, sujeita as tentações e a morte. Com a entronização, Cristo reassumiu a glória que Lhe pertencia por direito eterno. “Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus a destra do trono da majestade” Hb 8.1. “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte,...” Hb 2.9.
Esse estado atual de Cristo tem uma implicação muito profunda na vida da Igreja tendo em vista a Bíblia dizer que estão sujeitas a Cristo todas as coisas. “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o a sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja” Ef 1.20-22.
Diante disso a Igreja pode se regozijar na revelação da Palavra de Deus de que Jesus exerce um poder soberano sobre tudo e todos. É Ele quem controla e mantém todas as coisas. O escritor aos Hebreus nos diz que Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1.3). Tudo está sob o controle do Senhor, inclusive as nossas vidas, os nossos projetos, os nossos empreendimentos, portanto, dependamos dele e confiemos nele e tudo correrá bem.

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