terça-feira, 16 de junho de 2009

O Ministério da Beneficência


Quando o Senhor instituiu a sua Igreja deixou quatro atribuições para ela executar neste mundo, além das ordenanças do Batismo dos novos conversos e da Celebração da Ceia do Senhor, que são: Cultuar a Deus, Promover a edificação espiritual dos crentes, Pregar o Evangelho, e o Atendimento das necessidades dos salvos (Beneficência).
Neste boletim iremos discorrer sucintamente sobre o tema da beneficência porque no culto da noite iremos comemorar o Dia da Beneficência.
É doutrina bíblica que uma das funções da igreja neste mundo é exercer o ministério da misericórdia, ou seja, ajudar aqueles que estão passando necessidades.“Assim, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, principalmente aos da família da fé” Gl 6.10. Escrevendo aos Romanos, Paulo assim se expressou sobre a beneficência: “Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade” Rm 12.13. No Novo Testamento o assunto é tratado também na carta aos Hebreus, quando o escritor inspirado por Deus escreveu: “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada” Hb 13.16.
Deus sempre se preocupou com os pobres, com os marginalizados, com os necessitados. No Pentateuco há orientações para que o povo de Deus do passado ajudasse aqueles que eram pobres (Leia Ex 23.11; Lv 19.10; 23.22). Em Provérbios o sábio Salomão também contemplou o assunto com algumas de suas máximas (Pv 14.21; 17.5; 22.22; etc).
A existência do pobre no mundo é uma realidade que ninguém pode questionar. A pobreza tem diversas raízes, como por exemplo: subdesenvolvimento, desemprego, infortúnios, catástrofes, falta de oportunidades, discriminação, preguiça, vícios, pecado, etc. Sejam quais forem as causas da pobreza de uma pessoa, de uma família ou de uma comunidade, a nós não nos compete julgar ninguém. Devemos, em todas as circunstâncias, exercer o ministério da misericórdia tanto individualmente quanto através da igreja a que pertencemos.
A Bíblia diz que Deus deu a uns mais do que a outros. “O rico e o pobre se encontraram: a todos os fez o Senhor” Pv 22.2. Todos nós temos aquilo que Deus, na sua soberania, permitiu que tivéssemos. João Batista disse que o homem não pode receber coisa alguma se não lhe for dada do Céu (Jo 3.27). (Veja ainda Tiago 1.17). A luz desses dois e de outros textos da Bíblia, entendemos que somos mordomos daquilo que Deus nos deu, e no exercício dessa mordomia encontra-se a oportunidade de abençoarmos aos que necessitam, com aquilo que Deus nos deu graciosamente. A presença do pobre no mundo é a grande oportunidade que Deus nos dá de exercer o ministério da misericórdia, que tanto lhe agrada.
Infelizmente, existem muitas pessoas que só pensam em si, inclusive crentes ricos, e se esquecem daqueles que passam necessidades. O apóstolo João questiona a fé daqueles que tem recursos, mas, que não se preocupam com a beneficência. “Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele a caridade de Deus” 1 Jo 3.17. Veja ainda como o assunto foi tratado por Tiago, na sua epístola (Tg 2.14-17).
Assim sendo amados não descuidemos desse ministério.

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