terça-feira, 22 de setembro de 2009

Discurso do Patrono

Culto de Formatura do Betel Brasileiro- 07/12/2002.
Honra-nos muito este momento em que somos homenageados como Patrono pelos concluintes dos cursos diurnos de Bacharel em Teologia, Teologia Ministerial e Licenciatura Plena em Educação Religiosa com Concentração em Missiologia do Seminário Teológico Evangélico do Betel Brasileiro.
Agradecemos a Deus pelo privilégio de ser docente desta casa e muito mais pelo privilégio de ter convivido em sala de aula com os queridos concluintes que nos homenageiam nesta ocasião.
Deus sabe do carinho e do respeito que temos por esses queridos irmãos a quem procuramos servir com a graça que Deus nos deu na ministração das aulas de Teologia Bíblica do Antigo e do Novo Testamento.
Temos absoluta certeza de que os momentos passados em classe não foram em vão. Aprendemos reciprocamente. Crescemos juntos e isso irá nos acompanhar durante toda a nossa existência.
Agora, queridos concluintes, queríamos aproveitar o ensejo para falar mais uma vez ao coração de todos não mais numa sala de aula, mas neste culto de gratidão a Deus pela vitória alcançada por cada um de vocês.
Queremos nestes poucos minutos lembrar-lhes algumas coisas de suma importância para o exercício do ministério escolhido por vocês e vamos fazer isso usando um precioso texto das Sagradas Escrituras encontrado em Lamentações de Jeremias, Capítulo 3, versículos 21 a 26. O contexto do texto fala-nos da destruição de Jerusalém, do santuário e do cativeiro babilônico. Era um cenário desolador. O inimigo fora vitorioso contra o povo de Deus. As coisas mais sagradas para os israelitas foram postas por terra. Não sobrara quase nada. O profeta Jeremias testemunha ocular da história de Israel naquele período crítico, agora, perplexo, cabisbaixo, vendo o resultado daquilo que profetizara, ousa trazer uma palavra de ânimo para o povo de Deus e que pode ser, com certeza contextualizada para esta ocasião: “Quero trazer à memória àquilo que me pode dar esperança”. A primeira grande coisa lembrada pelo profeta do Senhor é as misericórdias de Deus. Sim, queridos irmãos, o nosso Deus é misericordioso e por causa de suas misericórdias é que não somos consumidos. As misericórdias de Deus não têm fim, novas são cada manhã. Nunca se esqueçam disso ao longo de suas vidas. Ao olhar para Deus, lembre-se de que Ele é o Deus misericordioso, bondoso, assaz benigno e está sempre pronto para nos acolher, perdoar e renovar. Ele é misericordioso para com as nossas falhas contanto que não abusemos delas.
Lembremo-nos, também, caros formandos, da fidelidade de Deus. O texto diz que grande é a fidelidade de Deus. Queridos, nunca esqueçam de que Deus é fiel a Sua palavra e as Suas alianças. Escrevendo a Timóteo (2 Tm 2.13) Paulo disse que mesmo se nós formos infiéis Ele permanece fiel, pois não pode negar-se a Si mesmo. Assim sendo, olhemos com confiança para esse Deus fiel que nos chamou para o ministério da Palavra no seio da Igreja. Com certeza, Ele não nos abandonará, pois disse em sua Palavra que nunca nos deixaria nem nos abandonaria (Hb 13.5). Ele que nos chamou e nos capacitou dará curso ao seu projeto para as nossas vidas em todas as áreas. Isso irá acontecendo à medida que facilitarmos o Seu trabalho em nós.
A terceira coisa que queremos lembrar aos ilustres formandos é a suficiência de Deus para cada um de nós. O profeta Jeremias disse que Javé era a sua porção. Nunca nos esqueçamos disso, amados, que só Deus satisfaz profundamente todas as nossas necessidades sejam elas de que natureza for. Deus, ao fazer o homem, o fez a Sua imagem e semelhança e só Deus pode preencher o vazio do coração do homem. O Senhor Jesus disse em certa ocasião que nem só de pão vive o homem, ou seja, o ser humano não precisa só de coisas materiais para viver e sim também, principalmente, de Deus. Complementando o texto, o Senhor Jesus disse citando Deuteronômio: “mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. O Senhor Jesus ainda disse a mulher samaritana que quem bebesse daquela água (potável) tornaria a ter sede, mas quem bebesse da água que Ele lhe desse nunca mais teria sede, pois a mesma se faria nele uma fonte que jorra para a vida eterna. Agostinho em seu célebre livro “As Confissões” nos deixou dois preciosos pensamentos sobre o assunto: “Quão tarde te amei, ó antiga e sempre nova formosura. Quão tarde te amei! Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração até que em Ti descanse”. “Nada deseje dEle senão só a Ele, por mais interesseiro que fores Deus te basta”.
A última lembrança que queremos trazer neste precioso momento é sobre a salvação de Deus. Pensemos em salvação como termo genérico direcionado ao livramento. Jeremias sabia que o Senhor era a sua salvação ou o seu livramento nos constantes embates da vida. Muitas serão as lutas que os irmãos enfrentarão no cotidiano da vida ministerial, lutas de toda a natureza, mas o Senhor dará vitória ao seu povo em tudo. Lembremo-nos das famosas declarações do apóstolo Paulo sobre o assunto: “Mas graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento”. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”.
Portanto, queridos, essas coisas mencionadas, mesmo que de forma reduzida, traz-nos ao coração um quê de esperança produzida pelo Espírito Santo, o Deus que habita em nós.
Amados concluintes, ao encerrarmos nossas palavras neste momento, desejamos que Deus abençoe grandemente a cada um de vocês e que todos tenham um ministério profícuo para a glória de Deus. Amém.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti - Patrono

A fé da pessoa salva os seus parentes?

Josafá, rei de Judá, da casa de Davi, era um rei piedoso. Ele assumiu o reino com a idade de trinta e cinco anos e reinou vinte e cinco anos. A Bíblia dá o seguinte testemunho dele: “E o Senhor foi com Josafá, porque andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai, e não buscou a Baalim. Antes buscou ao Deus de seu pai, e andou nos seus mandamentos, e não segundo as obras de Israel” 2 Cr 17.3,4. Esse rei preocupou-se em fazer com que o povo do seu reino andasse nos caminhos do Senhor e para isso designou mestres que ensinaram aos israelitas a lei do Senhor. “E ensinaram em Judá e tinham consigo o livro da lei do Senhor; e rodearam todas as cidades de Judá, e ensinaram entre o povo” 2 Cr 17.9. Depois de uma grandiosa obra que realizou e de grandes vitórias que Deus lhe dera, Josafá veio a falecer com a idade de sessenta anos e o seu filho Jeorão reinou em seu lugar.
Jeorão assumiu o reinado de Judá com a idade de trinta e dois anos e reinou oito anos sobre o povo de Deus. Diferentemente de seu pai, Jeorão viveu uma vida de pecado, caindo na idolatria, inclusive, assassinando os seus irmãos, e pior ainda, levou o povo de Deus a afastar-se do Senhor, incentivando a idolatria.
Esse rei, filho de um pai piedoso (crente), foi ferido por Deus com uma terrível enfermidade e morreu na impiedade e o texto bíblico nos diz que ele foi-se e não deixou saudades. “E... foi-se sem deixar de si saudades algumas;...” 2 Cr 21.20.
Queremos irmãos afirmar com o exemplo acima, e com outros encontrados na Bíblia Sagrada, com segurança, que o fato de um membro da família ser crente não é nenhuma garantia de que os outros parentes inevitavelmente serão crentes também. Deus não fez nenhuma promessa nessa direção. A salvação é um mistério de Deus, e só Ele sabe a quem escolheu para essa finalidade. E a escolha de Deus não está condicionada a crença de ninguém. Ela é baseada na sua livre graça e soberania. Ele escolhe a quem quer e rejeita a quem quer (Rm 9.18). Tratando-se do lar, onde existe cônjuge crente ou descrente, o apóstolo Paulo, disse: “Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher? 1 Co 7.16. Se houvesse uma promessa de Deus, Paulo não iria levantar essa dúvida, pois o próprio apóstolo disse que todas as promessas de Deus são sim (2 Co 1.20), o que Deus prometeu ele infalivelmente cumprirá.
Tratando do texto de Atos 16.31, onde se lê “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu, e a tua casa”, é preciso interpretá-lo corretamente a luz da doutrina, pois a Bíblia explica a própria Bíblia: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu” é a promessa de Deus para todos (Ef 2.8). “e a tua casa” foi uma promessa especifica de Deus para o carcereiro de Filipos, mas não é promessa para todos os que crêem em Cristo.
É obrigação dos pais, dos cônjuges e dos filhos orarem pelos seus parentes descrentes, mas todos devem entender que na área da salvação esse assunto é da inteira competência de Deus.

A Inspiração da Bíblia


A Bíblia em sua inteireza é um livro inspirado por Deus. Em 2 Tm 3.16, encontramos: “Toda Escritura é inspirada por Deus...”, e ainda em 2 Pe 1.20,21, lemos que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, homens santos de Deus falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.
Vejamos algumas definições sobre o que é Inspiração: “A inspiração das Escrituras é aquela influência que Deus exerceu sobre os autores humanos por intermédio de quem o Antigo e o Novo Testamento foram inscritos”. (Chafer).
“A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é o sopro de Deus dentro dos homens, habilitando-os dessa forma a receber e a comunicar a verdade divina”. (Miller).
“A inspiração bíblica é aquela influência do Espírito Santo sobre certos homens escolhidos por Deus para ensinar sua vontade, que os guardava do erro na comunicação de tudo que deveria constituir uma parte da revelação divina”. (Miller).
Miller fez ainda o seguinte acréscimo, explicando melhor sua definição: Essa influência se estendia à: 1) Isenção do erro no relato dos fatos históricos; 2) Confirmação autoritária das verdades da revelação natural às quais faz referência; 3) Revelação sobrenatural, ou seja, às verdades que só podem ser conhecidas por revelação direta de Deus.
A inspiração da Bíblia foi plenária e verbal. Quando se fala em inspiração plenária se quer dizer que toda a Bíblia e não somente partes dela, foi inspirada por Deus. Isso quer dizer que a Bíblia não apenas contém, mas é de fato a Palavra de Deus.
Em outras palavras, as Sagradas Escrituras em sua inteireza é considerada como igualmente fidedigna e que toda a Escritura original foi inspirada por Deus sem exceção de uma só palavra.
Quando se fala em Inspiração Verbal, queremos dizer que, as palavras registradas nos originais da Bíblia, e não só as idéias, foram inspiradas por Deus. Cartledge disse em determinada ocasião sobre o assunto: “O Espírito escolheu as palavras necessárias para expressar a verdade, porém, não são necessariamente as únicas palavras que poderiam ter sido usadas”. Os teólogos aceitam isso como verdade, quando se trata de traduções, e explica o uso feito pelo Senhor e seus discípulos da Septuaginta.
Esclarecido o significado de inspiração é de suma importância que entendamos que a inspiração, no sentido bíblico, cessou quando o Cânon bíblico foi completado. Depois que o último livro da Bíblia foi terminado, completando a revelação divina, cessou por completo a inspiração do Espírito Santo no que diz respeito às Sagradas Escrituras. Ninguém pode a partir daquele limite se ancorar no direito de dizer que foi inspirado por Deus para trazer uma nova revelação ao homem. O apóstolo Paulo foi bem claro nisso quando afirmou: “Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho, além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. Gl 1.8,9.
É conveniente que entendamos que existe diferença entre inspiração, revelação e iluminação. Como já conhecemos o significado de inspiração, vejamos os significados das duas outras palavras: Revelação - é o ato soberano de Deus pelo qual Ele faz conhecido àquilo que dantes não se tinha conhecimento. Iluminação - É a ação do Espírito Santo sobre os leitores das Sagradas Escrituras, capacitando-os a perceber a força da revelação.
1) Provas da Inspiração do Cânon Sagrado
a) Unidade na Diversidade - A Bíblia foi escrita por aproximadamente quarenta escritores, mais ou menos num período que abrange dezesseis séculos, em diversos lugares, sendo que os escritores ocupavam posições diversas, tais como pastores, pescadores, sacerdotes, guerreiros, estadistas, reis, médico, etc. Apesar dessa diversidade, no entanto, existe nas Sagradas Escrituras uma unidade admirável em todo o conjunto de todos os livros do Cânon Bíblico.
b) O Cumprimento das Profecias - O cumprimento das predições proféticas é uma das maiores provas da inspiração da Bíblia, principalmente aquelas relacionadas ao Messias. Se estudarmos a vida do Senhor Jesus Cristo, verificamos que as predições ao seu respeito se cumpriram até nos mínimos detalhes, inclusive, aquelas que não dependia mais de sua vontade como homem, tais como: Nenhum dos seus ossos seria quebrado; seria sepultado com os ricos; ressuscitaria ao terceiro dia etc.
c) A transformação de vidas - milhares de pessoas que adotam as Sagradas Escrituras como regra de fé e prática tem experimentado uma transformação profunda em seu caráter e conduta, comprovando assim a veracidade da inspiração divina do livro dos livros.
2) Teorias falsas sobre a Inspiração do Cânon Sagrado
a) A teoria de que as idéias foram inspiradas e não as palavras - “Essa teoria sustenta que, Deus revelou novas verdades e inspirou idéias divinas nas mentes dos escritores, porém, permitiu-lhes expressar essas idéias em suas próprias palavras, de modo que temos de passar por alto nos erros das palavras e crer somente nas idéias expressas na Bíblia”. “Essa teoria supõe que o Deus infalível entregou sua verdade infalível a homens falíveis para escrevê-la como melhor lhe parecesse, pelo que o Deus que não erra é autor de um livro crivado de erros”.
b) Teoria da Inspiração Parcial - Essa teoria pretende dizer que só parte da Bíblia é inspirada e não toda, cabendo ao leitor o juízo sobre o que é inspirado ou não. Essa teoria nos deixaria uma Bíblia auto-relativa e nos daria um conceito deformado de Deus. Em contraposição a isso lemos em 2 Tm 3.16, que toda a Escritura é inspirada por Deus.
c) A teoria da Inspiração Ditada (Mecânica) - Essa teoria defende a idéia de que os autores da Bíblia eram meros estenógrafos, escrevendo mecanicamente apenas aquilo que Deus ditava, sem usar o cérebro do escritor. Em linguagem atual, seria um texto psicografado. Se essa teoria fosse verdade então todo o Cânon Sagrado, em toda a sua extensão não importando o estilo literário dos autores dos livros, teriam o mesmo estilo literário e vocabulário, o que não é verdade, pois Deus inspirou os autores humanos e os guardou do erro; não obstante, empregou suas mentes e talentos individuais, pelo que não temos um livro monótono quanto ao estilo, etc., mas vemos as características particulares de cada um dos seus escritores e o Espírito Santo superintendendo tudo para produzir um livro divino, isento de erro ou engano. Longe da pessoa do Espírito Santo anular ou por de lado os talentos naturais dos escritores sacros. Usou-os para o seu propósito, tal como é sua maneira de agir até hoje em toda obra espiritual.

O Arrebatamento da Igreja

No Seu programa eterno, Deus já determinou que o Senhor Jesus voltasse em glória a este mundo. Simultaneamente a Segunda Vinda do Senhor, ainda de acordo com o programa divino, ocorrerá o Arrebatamento da Igreja. As promessas acerca do Arrebatamento da Igreja encontram-se em João 14.1-3, 1 Tessalonicenses 4.16-19, e 2 Tessalonicenses 2.1. Segundo o texto de 1 Tessalonicenses, quando da ocasião da Segunda Vinda do Senhor, os crentes falecidos irão ressuscitar com corpos glorificados e os crentes que estarão vivos naquela gloriosa ocasião serão transformados, ou seja, o corpo mortal será revestido de imortalidade, num abrir e fechar de olhos, conforme a palavra de Deus que se encontra em 1 Coríntios 15.51,52. Todos os crentes ressuscitados, desde a primeira pessoa que foi salva neste mundo até o dia da Segunda Vinda de Cristo, juntos com os crentes transformados (a Igreja completa, sem faltar ninguém), serão impulsionados pelo Espírito Santo para se encontrar com o Senhor Jesus nos ares (céus atmosféricos) e a partir daí estará para sempre com o Senhor.
Para efeito didático podemos segmentar o Arrebatamento da Igreja em três partes, a saber: 1) a ressurreição em glória dos crentes falecidos (1 Ts 4.16; 1 Co 15.52); 2) a transformação dos crentes vivos (1 Ts 4.17; 1 Co 15.51,52); 3) o encontro com o Senhor Jesus nos ares (1 Ts 4.17; 2 Ts 2.1).
É importante esclarecer outros detalhes acerca do Arrebatamento da Igreja, devido às diversas idéias esdrúxulas que grassam no meio evangélico, sendo a mais comum aquela que ensina uma segunda vinda de Cristo secreta para buscar a sua igreja. Segundo as Escrituras o Arrebatamento da igreja está intimamente ligado a Segunda Vinda do Senhor em glória, a manifestação pública de Cristo ao mundo (Mt 24.29-31; 1 Ts 4.16,17), sendo essa Segunda Vinda um evento só e não em duas fases como pregam os irmãos dispensacionalistas.
Outra coisa a considerar é que não haverá um arrebatamento parcial como ensinam alguns (os preparados subirão e os outros ficarão para outra ocasião). A Igreja será arrebatada em sua totalidade. Todos os verdadeiros crentes, tanto os falecidos que irão ressuscitar como aqueles que estarão vivos, por ocasião da Segunda Vinda, serão arrebatados, não havendo distinção entre os que são considerados mais espirituais e aqueles que são considerados mais fracos na fé.
Ainda é importante enfatizar que o Arrebatamento da Igreja dar-se-á depois da grande tribulação, já que o evento é simultâneo a Segunda Vinda do Senhor e essa ocorrerá após o período tribulacional, conforme nos revela o texto de Mt 24.29-31 e os textos correlatos encontrados nos outros evangelhos sinóticos (Marcos e Lucas) bem como o texto de 2 Ts 2.1-12.
É de suma importância que os crentes entendam que todos eles sem exceção, os ditos crentes fortes e os chamados crentes fracos estão escondidos com Cristo em Deus (Cl 3.3.), guardados por Jesus Cristo (Jd 1), já foram perdoados e lavados pelo sangue de Cristo (1 Co 6.11), são filhos de Deus por adoção em Jesus Cristo (Ef 1.5); já foram santificados por Cristo (1 Co 1.2), estão ligados eternamente ao Filho de Deus (Rm 8.1) e estão assentados nos lugares celestiais em Cristo (Ef 2.6). A posição que eles ocupam no plano de Deus é a de membros do corpo de Cristo, da Igreja (1 Co 12.13,27).
Assim sendo, regozijemo-nos irmãos pela bênção eterna de sermos filhos de Deus, e por sermos sustentados pelo poder de Cristo e por essa certeza de que quando do Arrebatamento estaremos participando deste glorioso evento.

Decadência Moral (A Violência)

Neste artigo iremos enfatizar a violência que sempre foi um dos males do mundo mui especialmente nesta época em que estamos vivendo.
A violência é uma experiência da vida do homem, comum em todas as culturas, inclusive naquelas mais refinadas. Para se constatar essa verdade é só abrir os jornais do dia de qualquer cidade que, inclusive já tem até uma página policial para registrar esse fato. Constata-se isso também com facilidade através de outros meios de comunicação de massa tais como rádio, televisão, Internet, etc.
Este assunto será abordado olhando para a Bíblia porque entendemos que ela é a Palavra de Deus, a verdade absoluta, e que este assunto não lhe é estranho muito pelo contrário, nela encontramos abundante material sobre o assunto. Assim sendo, está fora de cogitação tratar esse assunto a luz das ciências sociais tais como Sociologia, Psicologia etc. e até porque este autor não é especializado nessas ciências citadas.
Antes de entrarmos no desenvolvimento do artigo é conveniente trazer ao conhecimento do leitor, um conceito de violência: "Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia (que por sua vez é amplo, é qualquer comportamento ou conjunto que deriva de vis, força, vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa ou ente”. (Wikipédia, a enciclopédia livre).
I – A Violência é fruto da natureza corrompida do homem
Na corrupção da natureza pecaminosa do homem, motivada pelo pecado de nossos primeiros pais, está o cerne da questão que estamos abordando nesta lição. O Senhor Jesus disse que do interior do coração do homem saem toda a espécie de males, inclusive a violência. “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura” Mc 7.21,22. Observem que dos males citados pelo Senhor, pelo menos três deles tratam da violência: homicídios, furtos e maldades.
Quando se abre a Bíblia, logo no início se percebe esse mal brotando do coração de um homem (Caim) que sem razões aparentes tirou de forma violenta a vida de seu irmão Abel. “ E falou Caim com seu irmão Abel: e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” Gn 4.8. Ainda no livro de Gênesis nos é dito que Deus ao diagnosticar os males da humanidade antidiluviana, diagnosticou a violência como o mal maior. “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra” Gn 6.13.
II – A Violência é o fruto predileto do egoísmo e da inveja
O egoísmo que é a vontade ou o desejo do indivíduo de querer tudo para si (bens, fama, atenção, espaço, etc) é o originador da violência. A inveja também é originadora da violência. Segundo o Dicionário de Larousse, inveja é: “Sentimento de pesar ou desgosto em face da felicidade de outrem. Desejo intenso de possuir o que é de outrem”. Um indivíduo egoísta e invejoso, com certeza, vai querer penetrar em espaços que não são seus, de querer ter coisas que pertencem a outros, etc. Veja o caso de Caim. O egoísmo e a inveja de Caim eram tão fortes que quando Deus não atentou para a sua oferta e sim para a do seu irmão Abel, sentiu-se frustrado e tornou-se violento a ponto de matar a seu irmão.
Todo ser humano é egoísta e invejoso desde o seu nascimento, por causa do pecado. Veja o caso dos gêmeos Esaú e Jacó que desde o ventre de sua mãe Rebeca já disputavam entre si. “E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor” Gn 25.22. É bom esclarecer que em algumas pessoas essa faceta do caráter é mais exarcebada do que em outras pessoas.
Olhando ainda para as Sagradas Escrituras, encontramos um homem chamado Lameque que se vangloriava do seu egoísmo; “E disse Lameque as suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi vós; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão por me ferir, e um mancebo por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque setenta vezes sete” Gn 4.23,24. Observem os irmãos que o egoísmo desse homem era tão exarcebado que matou um jovem porque o pisou, acredito até que o pisou involuntariamente. Observem também o tamanho do eu daquele cidadão quando disse que a vingança pela sua morte seria dez vezes maior do que a vingança pela morte de Caim. No Novo Testamento, Paulo também falou sobre esse mal na vida do um homem quando disse que todos buscavam só o que era seu e não o que era de Cristo Jesus. (Fp 2.21). Veja também o caso de Acabe que desejou fortemente ter a posse da vinha de Nabote, a ponto de instigado por sua mulher Jesabel, maquinar a morte daquele homem para ficar com a sua vinha (1 Rs 21.1-16).
III – A Violência é uma agressão a um princípio estabelecido por Deus
Quando Deus fez o homem o fez com um profundo sentimento de liberdade e ao fazê-lo estabeleceu um princípio que ninguém está autorizado a entrar nele sob pena de está cometendo uma violência, sendo este principio o principio da liberdade individual. Quando esse limite é ultrapassado está se invadindo uma privacidade que só a pessoa e a Deus pertence e só esses dois tem o direito de usufruir. A sabedoria popular corrobora inconscientemente esse principio estabelecido por Deus quando diz: “o seu direito vai até aonde começa o meu”.
Somente Deus como Criador é que tem o direito de entrar na área de liberdade de cada individuo, pois a Bíblia diz que é Ele quem dá a vida e a tira quando achar conveniente. “O Senhor é o que tira a ida e a dá: faz descer a sepultura e faz tornar a subi dela” 1 Sm 2.6. “... o Senhor o deu e o Senhor o tomou;...” 1.21. Quando um individuo usando de violência mata alguém está entrando numa area que só pertence a outrem e a Deus, que é a liberdade de dispor da sua vida. Quando alguém rouba está entrando também na área que não é a sua pois estamos algo que pertence a outrem.
Buscando nas Escrituras luz sobre o assunto, vemos, por exemplo alguns exemplos negativos de pessoas que invadiram a liberdade de outrem e cometeram violência que teve um desdobramento extremamente ruim para todos os envolvidos. O primeiro caso que citaremos foi o estrupo de Tamar filha de Davi pelo seu meio irmão Amom. Esse jovem príncipe pôs os olhos em sua meia irmã e arquitetou um plano para forçá-la sexualmente. Conseguiu o seu intento mas o seu próprio meio irmão Absalão o matou traiçoeiramente, vingando assim o ultraje a sua irmã. (2 Sm 13.1-36). Outro caso semelhante a esse foi o estupro da filha de Jacó, Diná que foi forçada também sexualmente por um jovem príncipe chamado Siquem de um dos povos que habitavam Canaã na época. Também essa invasão a privacidade de Diná foi um ato de violência que teve uma resposta a altura pelos irmãos de Diná, Semeão e Levi (Gn 34.1-31).
Analisando esses dois casos a luz do principio da liberdade de Tamar e de Diná, invadidas por Amom e Siquém respectivamente, descobrimos que essas moças não queriam o relacionamento sexual, mas Amom e Siquém, sendo mais fortes fisicamente do que elas, as forçaram. Ao fazer isso esses dois jovens entraram numa área que não tinham nenhum direito de fazê-los.
IV – A Violência que é pecado é punida por Deus
A Bíblia condena veementemente a violência em todas as suas manifestações, principalmente, quando se trata da violência na sua expressão maior, que é o assassinato, o roubo, o estupro, o seqüestro, etc. No Decálogo encontramos dois mandamentos proibindo o uso da violência contra outra pessoa, que são o sexto e o oitavo mandamentos, respectivamente “Não matarás” e “Não furtarás”. A punição para quem matasse alguém de forma dolosa era a morte sumária e sem apelação. “Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá” Ex 21.12. Havia só um atenuante se a morte fosse por caso fortuito e não premeditada (Ex 21.13). Quem roubasse alguém teria que restituir ao seu dono o que roubara (Ex 22.1). O seqüestro também era punido com a morte. “E quem furtar algum homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente morrerá” Ex 21.16.
Voltando para o mundo antigo quando Deus o puniu com o dilúvio, observamos que foi principalmente por causa da violência que tanto afligira a Deus que Ele decidiu destruir todos os seres humanos poupando, por graça e misericórdia, a família de Noé, preservando-a da destruição. (Gn 6.13-22). Sodoma e Gomorra, duas cidades de Canaã, também foram destruídas por causa dos seus pecados, dentre eles o pecado da violência como se percebe no costume de seus habitantes principalmente de Sodoma de violar sexualmente com práticas homossexuais os estrangeiros que peregrinavam nelas (Gn 19.1-9). O próprio povo de Deus, do Reino de Judá, foi punido severamente por causa da prática da violência. “E, na verdade, conforme o mandado do Senhor, assim sucedeu a Judá, que a tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés, conforme tudo o que fizera. Como também por causa do sangue inocente que derramou, enchendo a Jerusalém de sangue inocente: e por isso o Senhor não quis perdoar” 2 Rs 24.3,4.
V – A solução para o problema da violência
Vimos num dos itens deste artigo que a violência é fruto da natureza corrompida do homem e que ela tem sua origem no pecado de egoísmo do homem. Para esse e outros males o remédio eficaz é o Evangelho de Cristo, pois ele é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer. (Rm 1.16,17). Quando o Evangelho penetra no coração de um homem, o Espírito Santo o transforma numa nova criatura, num filho de Deus, gerando em sua alma novos propósitos, novos ideais. Vejamos o caso de Moisés que na sua juventude era violento pois matara um egípcio porque espancara um judeu (Ex 2.11,12. Depois da experiência transformadora da sarça ardente, em que fora alcançado pela graça de Deus, Moisés tornou-se um homem extremamente pacato a ponto da Bíblia testemunhar que ele era o homem mais manso da face da terra (Nm 12.3). Vejamos o caso de Saulo de Tarso feroz perseguidor da Igreja do Senhor, mas que fora alcançado pela graça divina que o transformou noutro homem gerando no seu coração a vontade de pregar a fé que outrora destruía. (At 9.1-8; Gl 1.23).
Outra prova evidente de que o Evangelho transforma as vidas é que é muito difícil encontrar um crente genuíno num presídio seja lá onde for por causa da prática da violência. Pode-se até encontrar crentes em presídios mas eles foram convertidos dentre deles ou em caso de prisão por causa do Evangelho, o que acontece em países em que é proibido pregar a mensagem de Deus.
Conclusão
Vimos neste artigo que a violência é dos males que tem acompanhado o homem desde a sua queda. Foi-nos mostrado ainda que a violência tem a sua causa motriz o egoísmo e a inveja. Ainda vimos que mesmo que a sociedade faça campanhas e mais campanhas contra o álcool, o tabagismo, as drogas, a prostituição infantil, e outros males sociais, e que invista no aparelho policial e que tenha políticas sociais que venham a minimizar os males da sociedade a solução definitiva contra a violência é somente através da aceitação e da crença na mensagem salvadora do Evangelho de Cristo, pois essa a única mensagem que transforma o ser humano numa nova criatura.
É bom também observar e enfatizar que a violência não é só as citadas aqui, mas que existe aquelas pequenas violências perpetradas nos lares, no trabalho e até infelizmente nas igrejas, como por exemplo, violência verbal, censura sem caridade, etc.
Permita Deus que o Evangelho cresça e alcance muitas vidas transformando-as. Permita ainda Deus que os crentes sejam cheios do Espírito Santo e tenham o fruto do Espírito no que se refere ao domínio próprio.

Decadência Moral (Corrupção)

Introdução
Neste artigo iremos tratar de um importante assunto revelado nas Sagradas Escrituras e observado no cotidiano da vida do homem sobre a face da terra que é a decadência moral. Ainda neste artigo será enfocado um aspecto da decadência moral do ser humano que é a corrupção.
Segundo o Dicionário de Aurélio, decadência significa “estado daquele ou daquilo que decai; declínio, crespúculo. Segundo esse mesmo Dicionário, corrupção significa “ato ou efeito de corromper; decomposição. Devassidão, depravação. Suborno, peita; Ainda de acordo com esse Dicionário corromper significa: Deteriorar, decompor, alterar, perverter, induzi a realizar ato contrário ao dever, à ética, apodrecer, adulterar-se,... Os significados identificados acima nos dão a idéia clara desse mal no homem, de como ele desceu da posição em que foi criado por Deus.
Devido à importância do assunto, convido ao leitor a seguir os passos identificados nesta lição, relacionados a esse assunto, principalmente olhando para as Escrituras e extrair o que Deus revelou nelas sobre a corrupção.
I – O Homem foi criado puro
Tentando dá um encadeamento lógico ao assunto objeto deste artigo, abordaremos primeiro o estado original do homem, quando saiu das mãos de Deus. A Bíblia nos revela que Deus ao criar o homem o fez a sua imagem e a sua semelhança (Gn 1.26,27). Diz ainda as Sagradas Escrituras que tudo o que Deus fez foi bem feito, perfeito. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom: ...” Gn 1.31. No livro de Eclesiastes, a doutrina da pureza do homem na criação original é confirmada, pois, o sábio Salomão, inspirado pelo Espírito Santo, disse que Deus fez o homem reto, mas, ele buscou muitas invenções. “Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas eles buscaram muitas invenções” Ec 7.29. Considerando os textos citados concluímos dizendo que o homem foi criado num estado de perfeição e que a corrupção que se instalou em sua natureza foi algo posterior a criação original, pois a Bíblia nos revela que tudo o que saiu das mãos de Deus na criação, especialmente o homem, foi num estado de perfeição, sem pecado, sem corrupção.
II – O Pecado corrompeu a natureza do homem
É necessário voltar ao Édem para explicar o estado corrupto do ser humano a partir da sua desobediência a Deus. A Bíblia nos diz que Deus quando criou ao homem o criou com capacidade de escolher, de livre arbítrio, além de criá-lo puro, perfeito. Dizem-nos as Escrituras que Deus deu uma ordem ao homem para que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois, disse Deus, que no dia em que a comesse certamente morreria (Gn 2.16,17). Infelizmente Adão não conseguiu obedecer a Deus e comeu do fruto proibido, pecando contra o Senhor, e caindo do estado de graça em que tinha sido criado. Ao pecar Adão, imediatamente a corrupção se instalou em sua alma, transtornando a sua natureza que era pura, perfeita. No ato de pecar, de transgredir a ordem de Deus, a corrupção invadiu o seu ser, afetando os seus sentimentos, a sua vontade e a sua inteligência, ou seja, toda a sua personalidade. Isso é tão verdade que o próprio Deus testemunhou da corrupção da natureza humana, quando disse que a imaginação do homem é só má desde a sua meninice. “... porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice...” Gn 8.21.
O pior de tudo é que a natureza corrompida de Adão é transmitida de pai para filho, fazendo com que toda a humanidade seja considerada por Deus corrupta e depravada, precisando ser regenerada pelo Espírito Santo para poder ter comunhão com Ele. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rm 3.23. “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” Rm 5.12.
O pecado cometido por Adão não só trouxe sobre si e sobre os seus descendentes a morte, mas também a corrupção, a deformação da imagem de Deus, a depravação.
III – A Alma é a sede da corrupção
Segundo as Escrituras, na constituição da natureza humana encontram-se duas partes: uma material ou física (o corpo) e a outra imaterial ou espiritual (a alma ou o espírito). A alma ou o espírito expressa-se através do corpo. Quando a alma sai do corpo o individuo morre. Diz a Bíblia que Raquel, esposa de Jacó morreu, porque lhe saiu a alma (Gn 35.18). Tiago disse em sua epístola que um corpo sem o espírito está morto (Tg 2.26).
A alma tem três faculdades: inteligência, vontade e emoções. O corpo como disse alguém é o mero invólucro da alma, pois ela se expressa através dele. Quando Paulo diz que na sua carne não habitava bem algum (Rm 7.18) ele não estava se referindo especificamente aos nervos, tecidos e órgãos que compunham o seu corpo e sim a sua alma, a sua natureza pecaminosa, corrompida pelo pecado. Ele, sábio teólogo que era, compreendia que a raiz do problema residia na sua alma e não especificamente no seu corpo. Comentando Romanos 7.5,6, Dr. William Hendriksen disse: “A expressão “quando estávamos na carne” significa “quando basicamente éramos governados por nossa natureza humana pecaminosa” ... “Embora estas e paixões semelhantes pertençam ao coração e mente de uma pessoa, elas se expressam fisicamente...”. A Igreja Romana na sua doutrina, equivocadamente, ao longo da história, confundiu o problema da raiz do mal do homem deslocando o eixo da sua alma para o seu corpo, daí as flagelações e as penitências para mortificar o corpo, tão incentivadas por ela, tinham a finalidade de evitar o pecado.
Apesar do corpo também ter sido atingido pelo pecado, e a corrupção se expressar através dele como diremos a seguir, é na alma do homem que reside o problema, pois assim declarou o Senhor Jesus quando rebateu a acusação dos fariseus que censuravam os seus discípulos por comerem sem lavar as mãos. O Senhor Jesus disse que do coração do homem procedia tudo o que não presta aos olhos de Deus. “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem” Mt 15.11. “Mas o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” Mt 15.18,19. ( Veja ainda Mc 7.20-23; Gn 7.21). Quando o Senhor Jesus fala sobre o coração ele está usando uma linguagem figurada, ele está se referindo a alma e não ao órgão que bombeia o sangue para fazê-lo circular no corpo humano, pois se fosse assim apenas um transplante colocando um coração artificial resolveria o problema do pecado e não haveria necessidade da obra redentora de Cristo.
IV – A Corrupção se exterioriza através do corpo
Dissemos no item anterior que o corpo é o invólucro da alma. Dissemos também que o corpo sem a alma habitando dentro dele está morto e a tendência natural é decompor-se no pó da terra.
No seu plano eterno o Criador proveu para a alma, a partícula imortal do ser humano, um invólucro físico que é o seu corpo. O texto sagrado de Gênesis nos diz que Deus fez primeiro o corpo e depois soprou nele o fôlego de vida e o homem tornou-se alma vivente, ou seja, Deus colocou através do seu sopro a alma dentro do corpo e o homem viveu. (Gn 2.7).
Sendo a alma a partícula espiritual do homem e a sede da corrupção ela se expressa através do corpo, tanto em direção ao bem como ao mal. Vejamos o que a Bíblia de Genebra, num breve comentário sobre Rm 7.24, nos diz sobre o assunto quando comenta a expressão “corpo desta morte”: “ou seja, o corpo físico, visto como o meio pelo qual o pecado se expressava....”. O apóstolo Paulo escreveu dizendo que num dia especialmente designado para esse fim Deus irar retribuir aos homens o bem ou mal praticado através do corpo (2 Co 5.10).
Entendemos assim que a corrupção se expressa através do corpo do homem, de suas ações. O roubo, o assassinato, o adultério, a idolatria, ... tudo se expressa através do corpo, mas a intenção é da alma.
É oportuno lembrar que o corpo também foi atingido pelo pecado, fragilizando, tornando-o mortal (Rm 6.23). Convém ainda esclarecer que apesar dessa dicotomia (corpo, alma) o homem é um ser integral aos olhos de Deus, pois no seu plano eterno os atos praticados pelo homem (a alma usando o corpo para se expressar) são de responsabilidade do indivíduo como um todo e não só de sua alma. A prova disso é a ressurreição dos mortos. Tanto o salvo como o perdido ressuscitarão num futuro escatológico. O primeiro para a bem-aventurança eterna e o último para vergonha e horror eterno (Dn 12.2; Jo 5.28). Quando se fala em ressurreição deve se entender que a alma reassumirá o corpo em que viveu neste mundo, evidentemente que com outras propriedades, para habilitá-lo para a eternidade (corpo glorioso ou corpo especial) a fim de poder gozar da felicidade eterna ou sofrer o castigo eterno, dependendo da atitude tomada em relação ao Evangelho de Cristo neste mundo.
Tentar mortificar o corpo ou mesmo mutilá-lo sem tratar com a alma espiritualmente não vai se resolver o problema, porque mesmo com o seu corpo mutilado, sem mãos ou pés, mudo, cego ou surdo o homem continua perverso, mal e depravado diante de Deus, e, se, se não tivesse essas limitações elas iriam se expressar, com certeza, através do seu corpo.
V - O Remédio para a corrupção do homem
Quando o corpo do homem enquanto com vida se apresenta com problema temos médicos e remédios para curá-lo. Isso é a área da medicina e da farmacologia. Quando há distúrbios na mente, os psicólogos e psiquiatras entram em ação até certo ponto, pois os problemas psicológicos e psiquiátricos são distúrbios da alma. A ação dos psicólogos e psiquiatras é extremamente limitada, pois apesar de suas técnicas e drogas utilizadas só alcançam uma pequena parte do problema. As questões maiores, principalmente a deformação do caráter do homem por causa do pecado, só pode ser resolvido, definitivamente, pela benção do Evangelho de Cristo, pois o Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16,17). Diz ainda a Bíblia que o Evangelho de Cristo pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus (Hb 7.25). A proposta do Evangelho de Cristo atinge o âmago da questão da corrupção, tanto da alma como do seu invólucro, o corpo. Para um grande mal o maior e o melhor de todos os remédios.
A Bíblia nos revela que o Evangelho regenera o homem (Tt 3.4-6), transforma-o em uma nova criatura (2 Co 5.17), o faz nascer de novo (Jo 3.3-8), enfim restaura nele a imagem de Deus. Veja o caso de Zaqueu (Lc 19.1-10) e o de Saulo de Tarso (At 9.1-6), como exemplos de transformação de vidas pelo poder do Evangelho de Cristo.
A morte e a ressurreição de Cristo, que são os pilares do Evangelho, é o único remédio para o mal da corrupção do homem e o homem para ser curado, precisa aceitar a Jesus como Salvador e crer nele.
Investir em educação, moradia, segurança, cultura, são apenas paliativos para a solução do problema da corrupção do coração do homem. Só Deus é capaz de operar esse milagre, de gerar de novo ou regenerar o pobre homem pecador, corrompido pelo pecado, fazendo-o um novo homem que não anda mais segundo a carne, mas, segundo o Espírito.
Conclusão
Neste artigo aprendemos que Deus criou o homem puro, sem pecado e que a corrupção é um mal que alcançou o homem a partir da sua queda no Édem quando nossos primeiros pais desobedeceram a Deus. Vimos também que antes da queda o homem estava livre da corrupção, mas quando a queda aconteceu, ele tornou-se depravado, corrupto. Vimos ainda que a alma, a partícula espiritual do homem é a sede da corrupção. Vimos também que a corrupção se expressa através do corpo e que só o Evangelho de Cristo é a solução para o problema desse terrível mal.
Permita Deus que todos os que vierem a ler este artigo já tenham sido alcançados com a benção do Evangelho de Cristo. Permita ainda Deus que os crentes vivam o Evangelho em sua plenitude, gozando de suas bênçãos e vivendo vitoriosamente em Cristo Jesus.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Usos e Costumes


O crente em Cristo é uma nova criatura, foi transformado pela graça de Deus, nasceu de novo, do Espírito Santo e tem no seu coração o desejo de viver para a glória de Deus. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Coríntios 5.17.
Deus revelou a sua vontade para o crente também em relação na sua maneira de viver neste mundo, estabelecendo assim um padrão para ele. Esse padrão sendo estabelecido por Deus não pode mudar com o passar dos anos e não se adapta a evolução do mundo que, segundo a Bíblia, jaz no maligno. Cabe a nós humildemente se conformar com esse padrão, pois é a vontade de nosso Deus para nós. Esse padrão ou modelo contempla muitas coisas do cotidiano de nossas vidas, tais como: o falar, o vestir, o se conduzir, etc.
Essa reflexão visa enfocar o padrão estabelecido por Deus na área da indumentária ou da vestimenta dos crentes, pois temos observado que há muito desmantelo nessa área principalmente no meio das irmãs, especialmente das mais novas que são mais suscetíveis de seguir o curso deste mundo.
Tratando-se de nossa Igreja a coisa não é muito diferente da maioria das Igrejas de nossa Capital e isso nos preocupa como Pastor, responsável que somos diante de Deus por esse rebanho, pois a nós compete a tarefa de ensinar aquilo que agrada a Deus e aquilo que lhe desagrada.
Assim sendo, vejamos o que a Bíblia diz sobre o assunto: “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras” 1 Timóteo 2.9. É verdade que a Palavra de Deus não estabelece o tamanho das vestes das mulheres, nem as cores, nem tampouco o modelo que elas devem usar. Ela estabelece um princípio muito importante que é o da modéstia, decência e discrição no vestir. Isto quer dizer que a veste de uma mulher crente, seja ela de que idade for, deve ser uma veste discreta, composta, descente que cubra bem o seu corpo, que não seja transparente que possa trazer uma conotação sensual, e que não ostente a vaidade.
No Antigo Testamento havia uma recomendação para que a mulher não vestisse roupa de homem nem que o homem vestisse roupa de mulher, lembrando Deus aos judeus o princípio da diferenciação entre os sexos. Para o Novo Testamento o princípio estabelecido por Deus é o que citamos no parágrafo anterior que é o reflexo da graça divina no coração da crente, conforme encontramos em 1 Pedro 3.3-5.
Tratando-se de mulheres crentes usando calça comprida, é conveniente que a mesma não seja ligada ao corpo para não trazer uma conotação sensual, isso também serve para bermudas. Diante do exposto, pedimos aos pais que tenham cuidado com as vestes de suas filhas pequenas. Lembremo-nos de que enquanto é tempo podemos influenciar nessa área. Às moças pedimos um cuidado especial nesse assunto, que evitem usar na Igreja e fora dela roupas que destilem sensualidade, lembrando de que são servas de Deus. Para as mulheres casadas à recomendação é mais forte ainda, devido ser elas exemplo para as mais novas. Pedimos aos maridos que ajudem suas mulheres nessa área e aconselhem se for necessário. Se fizermos isso resolveremos um problema que a Igreja enfrenta e Deus se agradará de nós.

O Jejum na Bíblia


Dentre os recursos que Deus pôs a nossa disposição para buscar a sua face encontra-se o jejum, que é a privação deliberada de alimento por um determinado período de tempo por parte de um crente, visando alcançar de Deus uma bênção específica. O jejum é um meio usado para buscar a face de Deus em época de crise, tanto na vida do individuo quanto na da comunidade, para que Ele intervenha com o seu grande poder, debelando algum problema ou mudando uma determinada situação como, por exemplo, na época de Esdras quando os israelitas estavam voltando do cativeiro babilônico e estavam preocupados com segurança e proteção. “Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face do nosso Deus, para lhe pedirmos caminho direito para nós, e para nossos filhos, e para toda a nossa fazenda” Ed 8.21.
Esse método foi apresentado pelo próprio Deus como eficaz na solução de problemas que do ponto de vista do homem seja insolúvel “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”. Mt 17.21. “Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações” Ed 8.23.
Olhando para as Sagradas Escrituras observamos que o povo de Deus sempre usou esse método visando solucionar alguma dificuldade em época de crise. O primeiro jejum feito pelo povo de Israel foi na época dos Juízes quando havia uma luta interna entre as tribos de Israel (Jz 20.26). O segundo jejum foi na fase de transição do período dos Juízes para o do estabelecimento da Monarquia - o povo tinha pecado contra Deus, envolvendo-se com a idolatria e estava debaixo de juízo sob os filisteus. O objetivo do jejum, sob a orientação do profeta Samuel, foi restaurar a comunhão com Deus rompida pelo pecado e provocar uma obra de libertação. “... E congregaram-se em Mispá, e tiraram água, e a derramaram perante o Senhor, e jejuaram aquele dia, e disseram ali: Pecamos contra o Senhor...” 1 Sm 7.1-6. Na época de Ester o povo de Deus jejuou devido à ameaça de morte que pairava sobre eles (Et 4.16). O profeta Daniel também jejuou buscando a face do Senhor quando percebeu, pelo Espírito Santo, que estava se aproximando o grande dia da libertação do povo de Deus do cativeiro babilônico. “E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, saco e cinza” Dn 9.3.
No Novo Testamento encontramos o Senhor Jesus jejuando antes de iniciar o seu ministério. “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” Mt 4.2. Uma mulher de oitenta e quatro anos costumava servir a Deus com jejum e oração (Lc 2.36,37). No episódio do jovem possesso, o Senhor enfatizou a eficácia do jejum (Mt 17.21). Os oficiais de uma Igreja local eram consagrados num período de oração e jejum (At 14.23); e ao encaminhar obreiros para a obra missionária fazia-se o mesmo (At 13.3). O apóstolo Paulo, no exercício do seu ministério, frequentemente, jejuava visando uma eficácia maior do seu trabalho (2 Co 11.27).
Deve-se observar, ainda, que o jejum bíblico sempre foi acompanhado de oração e em alguns casos de uma profunda humilhação diante de Deus, de confissão e de abandono de pecado.
Diante do desejo de melhorar a vida espiritual da Igreja, usemos, irmãos, essa poderosíssima arma posta por Deus à nossa disposição. Temos muitas razões porque devemos consagrar a Deus um jejum: Temos pecados contra Deus! Há descaso para com a obra de Deus, avareza, frieza espiritual, rancor, desunião, críticas mordazes, vaidade, irreverência nos cultos, desobediência dos filhos aos pais, apego as coisas deste mundo, e os pecados de omissão.

A Música na Igreja



Na liturgia do culto a Deus usado pelas igrejas evangélicas é enfatizada a oração, a leitura e a exposição do texto sagrado, o ofertório e o louvor, sendo essas ênfases respaldadas na Palavra de Deus.
No que se refere ao louvor ao Senhor podemos observar pelas Escrituras que o mesmo transcende a história do povo de Deus, pois, nos Céus Deus sempre foi adorado pelos anjos antes mesmo da fundação do mundo. “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber se tens inteligência... Quando as estrelas da alva junta alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” Jó 38.4-7.
No meio do povo de Deus a primeira manifestação de louvor de se tem notícia em que foram usados a voz, instrumentos musicais e expressão corporal (dança) foi a que feita por Miriam, mulher profetiza, irmã de Moisés que exaltou ao Deus dos céus pela estrondosa vitória concedida ao povo de Israel quando consumou a libertação da escravidão egípcia (Êxodo 15.20,21).
A partir da organização do sacerdócio arônico e do conseqüente culto a Deus, no santuário, especialmente no templo em Jerusalém corais foram organizados para louvar e exaltar ao grande Javé, Deus dos Céus, o Deus Todo-poderoso.
Na época de Davi três homens foram levantados por Deus para ocupar-se especialmente com o ministério de louvor na tenda da Congregação (1 Crônicas 15.16-22). Antes da construção do templo do Senhor em Jerusalém o rei Davi organizou os corais que iriam se apresentar regularmente nos cultos a Deus, compostos pelos levitas de três famílias, a de Asafe, a de Hemã e a de Jedutum (1 Crônicas 25.1-31).
Ao se observar os textos de Crônicas citados, encontramos homens e famílias consagrados para o ministério do louvor, uma diversidade de instrumentos musicais, tais como harpas, saltérios, alaúdes, cornetas, buzinas, címbalos, trombetas, e a recomendação de se cantar e tocar bem, pois aqueles cantores estavam profetizando quando exaltavam ao Senhor através dos cânticos. “E disse Davi aos príncipes dos levitas que constituíssem aos seus irmãos, os cantores, com instrumentos músicos, com alaúdes, harpas e címbalos, para que se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria” 1 Crônicas 15.16. “E Quenanias, príncipe dos levitas, tinha cargo de entoar o canto; ensinava-os a entoá-lo, porque era entendido” 1 Crônicas 15.22. “Todos estes estavam ao lado de seu pai para o canto da casa do Senhor, com saltérios, alaúdes e harpas, para o ministério da casa de Deus; e, ao lado do rei, Asafe, Jedutun, e Hemã” 1 Crônicas 25.7.
Aos irmãos que foram levantados por Deus para ministrar na Igreja nessa área tão importante do seu ministério exortamos a que se esmerem a cada dia e façam o melhor que puderem para a glória de Deus, ensaiem, se esforcem para apresentar o melhor para Deus nos cultos que são tributados ao Senhor.
Esta mensagem está sendo entregue a Igreja por ocasião do aniversário do Conjunto Ebenezer, esse poderoso instrumento levantado por Deus para a glorificação do seu nome. Louvamos a Deus pela vida do Presbítero Adelson Alexandre verdadeiro ministro de louvor da Igreja e pela vida de todas as irmãs que fazem parte do Ebenezer. Parabéns neste dia, e que Deus abençoe a todos.

O que está por vir


Deus, segundo o seu propósito eterno, e para sua glória, iniciou a história da humanidade sobre a face da terra, com a criação de Adão e Eva e já determinou o seu fim com a consumação que está por vir, quando todos os seres humanos que já viveram, vivem e viverão até aquele grande e glorioso dia, entrarão noutra dimensão de vida, a eterna, quer salvo quer perdido.
Segundo as profecias bíblicas, o próximo evento dentro do programa divino, estabelecido desde a eternidade, e que terá profundas implicações para a vinda do homem na face da terra, é a segunda vinda de Cristo e o conseqüente arrebatamento da Igreja. “Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu, com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” 1 Ts 4.15-17.
Em relação à última geração da Igreja, os crentes que estiverem vivos serão transformados, ou seja, o corpo mortal será revestido de imortalidade e, juntos com os crentes ressuscitados, serão levados pelo poder do Espírito Santo até ao grande encontro com o Senhor nos céus atmosféricos. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” 1 Coríntios 15.51-53.
Para a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo esse é o grande evento que está por vir, não há outro maior. É o evento desejado por todo e verdadeiro crente, é o encontro dos salvos com o Seu Salvador, dos servos com o Seu Senhor, dos filhos com o Filho de Deus, é o encontro que deslumbrará a Igreja por toda a eternidade. Essa questão era tão importante para a Igreja primitiva que os irmãos saudavam uns aos outros com a expressão Maranata (o Senhor vem!).
E você caro irmão, como está vendo essas coisas? Onde está o seu coração? Nos céus ou aqui na terra? Esqueceu-se das palavras de Paulo, que disse: “Portanto se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”? Esqueceu-se da promessa do Senhor Jesus que disse que viria uma segunda vez? Já é hora de aqueles que dormem, acordar do sono espiritual em que estão e esperar o cumprimento da promessa de Deus, “pois não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura”.
Vivamos irmãos, para a glória de Deus e nos preparemos para esse grande e glorioso dia, o dia da volta do Senhor Jesus.

A Segunda Vinda de Jesus na Visão Dispensacionalista


Na visão Dispensacionalista, a Segunda Vinda de Jesus terá duas fases. Na primeira fase, Jesus virá para a Sua Igreja. Descerá dos céus (terceiro céu) e encontrar-se-á com a Sua Igreja, arrebatada nos ares. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1 Ts 4.16,17. Nos ares (céu atmosférico), Jesus instalará o Tribunal de Cristo onde julgará as obras dos crentes. “... Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.” Rm 14.10. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo se bem ou mal.” 2 Co 5.10. Ainda em 1 Co 3.13-15, Paulo revela como será este julgamento. O julgamento que Jesus fará é para galardoar os seus servos fiéis. Em seguida, serão celebradas as bodas do Cordeiro, isto é, a união espiritual entre o Cristo glorificado (o noivo) e a sua Igreja (a noiva) que Ele resgatou com o Seu próprio sangue. “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vinda são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.” Ap 19.7. “E disse-me: Escreve: Bem-Aventurados aqueles que são chamados à Ceia das Bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Ap 19.9.
Passados sete anos, Jesus voltará a este mundo para estabelecer o Seu Reino Milenial. É a segunda fase da Segunda Vinda. Nessa fase, todo o olho O verá, porque descerá dos céus com a Igreja glorificada, acompanhado de Seus santos anjos. “Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” Ap 1.7. “E, quando o Filho do Homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com ele, então, se assentará no trono da Sua glória.” Mt 25.31. Jesus descerá dos céus em Jerusalém, precisamente no Monte das Oliveiras, que se fenderá em dois (Zc 4.1-4), vencerá os seus inimigos, lançará a besta e o falso profeta vivos no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 19.19,20). Aprisionará o diabo por mil anos (Ap 20.1-3). Julgará as nações vivas, segundo os benefícios ou os malefícios que tiverem feitos a Israel no período da Grande Tribulação. As nações ovelhas (que ajudaram Israel) entrarão para gozar o Milênio e as nações bodes (inimigas Israel) serão julgadas, mortas e lançadas no inferno (Mt 25.31-46). No Milênio, Jesus reinará como rei de Israel, da casa de Davi. O seu reino será de mil anos (Ap 20.4). Nele haverá paz, prosperidade e justiça nunca vistas. Depois dos mil anos, o diabo será solto, seduzirá as nações da terra e as fará revoltarem-se contra Cristo, mas descerá fogo do céu e as consumirá (Ap 20.7-10). O diabo, o sedutor deles, será lançado no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 20.10). Os mortos serão julgados no grande trono branco (Ap 20.11-15). A terra e os céus serão queimados com fogo (2 Pe 3.7). Serão feitos novos céus e nova terra (2 Pe 3.13). Jesus entregará o Reino ao Pai (1 Co 15.24) e começará o Estado Eterno, onde Deus, Jesus e o Espírito, estarão para sempre com o Seu povo.

(Esboço da Doutrina dos Anjos)

1) Os Anjos (sua existência)
a) Confirmada pelo A. T. Gn 16.7; 19.1,15; 28.12; 1 Sm 29.9; Sl 91.11; 103.20; 148.2; ...
b) Confirmada pelo N. T. Mt 1.20; 4.6,11; 13.39; 18.10; 24.31; 28.2; ...
2) Os Anjos (suas características)
a) Seres criados – Ne 9.6; Sl 148.2, 5; Cl 1.16; Ap 4.11; ...
b) Seres espirituais – Hb 1.13,14; Ef 6.12; ...
c) Seres Pessoais (possuidores de inteligência, vontade e emoções) – 2 Sm 14.20; Lc 2.13; 15.10; 2 Tm 2.26; Ap 12.12; 22.8,9.
d) Seres Assexuados (não se reproduzem, não procriam) – Mt 22.30; Lc 20.35, 36.
e) Seres Imortais (não passam pela experiência da morte) – Lc 20.35,36.
f) Seres Velozes – Dn 9.21; Mt 26.53.
g) Seres Poderosos – Sl 103.20; Is 37.36; Mt 28.2; 2 Pe 2.11; Ap 20:1-3.
h) Seres Gloriosos – Lc 9.26; 24.4; At 6.15; Hb 2.7; ...
i) Seres de várias patentes e ordens
· São uma companhia, não uma raça, Mt 22.30; Lc 20.36
· Constituem uma organização, Gn 32.1; Dt 4.19; 17.3; 1 Re 22.19; Mt 25.41; ...
· Ocupam diferentes posições, Is 6.2; Cl 1.16; 1 Ts 4.16; 1 Pe 3.22; Jd 9; Ap 4.6-8; ...
3) Os Anjos (sua natureza moral)
a) Todos foram criados santo, sem pecado – Mt 18.10; Lc 9.26.
b) Muitos se mantiveram obedientes – foram confirmados por Deus na Bondade – Sl 99.7; 103.20; Mt 6.10; 8.10; 25.31; Mc 8.38; 2 Co 11.14.
c) Muitos desobedeceram – foram confirmados por Deus na Maldade – Mt 6.13; 13.19; 25.41; Jo 8.34; 2 Pe 2.4; 1 Jo 5.18; Jd 6; Ap 12.7,9;...
4) Suas atividades
a) Anjos bons
· Adoram a Deus – Sl 89.7; 99.1,2; Is 6.2,3; Mt 18.10.
· Executam a vontade de Deus - Sl 103.20.
· Guardam os santos - Sl 91.11; At 8.26,29; 10.13.
· Ministram ao povo de Deus – 1 Re 19.5-8; Mt 4.11; Lc 22.43; Hb 1.14;...
· Acompanharão a Cristo por ocasião da 2ª vinda – Mt 25.31; Ap 19.14.
b) Anjos Maus
· Opõem-se ao propósito de Deus – Zc 3.1; Ef 6.12
· Afligem o povo de Deus – Lc 13.16; 2 Co 12.7
· Executam o propósito de Satanás– Mt 25.41; 12.26,27; Ap 12.4,7
c) Satanás
· Sua existência – Zc 3.1,2; Mt 13.19; Jo 10.10; 13.2; At 5.3; Ef 6.11,12 1 Pe 5.8;
· Seu estado original - Is 14.17; Ez 28.12,14,17.
· Sua natureza – Jó 1.8; 2.1,2; Zc 3.2; Jo 8.44; 2 Tm 3.6; Hb 2.14; 1 Jo 3.8;...
· Seu caráter – Mt 24.24; 2 Co 2.11; 11.14; Ef 6.11,12; 2 Ts 2.9; Ap 13.11,14.
· Sua posição – Jó 1.6; Mt 12.26; Jo 12.31; 14.30; 16.11; At 26.18; 2 Co 4.4; Ef 2.2; 6.11, 12; Cl 1.13; Jd 9; Ap 12.10.
· Sua obra – Gn 3.1-3; Ez 28.15; Zc 3.1,2; Mc 4.15; Lc 13.16; Jo 13.2,27; At 5.3; 10.38; 2 Co 4.4; 11.3,13-15; 1 Ts 3.5; 2 Tm 2.26; Hb 2.14; Ap 3.9.
· Seu destino – Gn 3.14,15; Is 65.25; Jo 12.31; 16.8-11; Cl 2.15; 1 Jo 3.8; 5.18; Ap 12.9; 20.1-3,10.


A Doutrina dos Anjos

No estudo da Teologia Sistemática temos uma área que contempla o estudo acerca dos anjos, que é conhecida pelo nome de ANGELOLOGIA. O nome Angelologia deriva-se da palavra grega angelos que significa mensageiro. Essa doutrina é uma doutrina consolidada devido à abundância de material bíblico, tanto no Antigo como no Novo Testamento.
O estudo desse tema se faz necessário na Igreja hodierna, devido à ênfase exagerada que é dada sobre ele em alguns segmentos evangélicos, principalmente entre os poetas e cantores cristãos.
Os anjos segundo as escrituras são seres espirituais incorpóreos (sem corpo), assexuados (não se reproduzem), criados por Deus em número limitado com a finalidade de servir ao Senhor e aos seus escolhidos.
Os anjos estão divididos em dois grupos: Anjos Eleitos e Anjos Caídos. Antes da criação material Deus já tinha criado a criação espiritual. A Bíblia nos revela que num tempo que não sabemos precisar, um terço dos anjos liderados por Satanás, se rebelou contra Deus. “Porque se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou as cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” 2 Pedro 2.4 (Veja ainda Judas 6; João 8.44;...).
Os anjos maus fazem oposição a Deus e a Igreja, pelejam contra ela. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” Efésios 6.12. Os anjos de Deus são espíritos ministradores enviados pelo Senhor para ajudar (proteger, livrar, ajudar,...) aqueles que hão de herdar a salvação (Hebreus 1.14). Existem
categorias diversas de anjos, uns servem a Deus nos céus e outros na terra (querubins, serafins, arcanjo, anjos,...).
Por mais poderoso que os anjos sejam, a Igreja não deve cultuá-los nem invocá-los. Eles são servos de Deus como os crentes em Cristo o são. Os anjos são mensageiros de Deus e, segundo a Sua soberana vontade, trabalham em favor da Igreja.

sábado, 19 de setembro de 2009

Eu Presbítero como eles


Servimo-nos da presente para falar ao coração dos presbíteros das Igrejas Congregacionais da ALIANÇA e trazer-lhes informações importantes sobre esse precioso ministério dentro da Igreja local.
Sentimo-nos confortáveis em fazer isto, tendo em vista já termos sido presbítero da 1ª IEC de João Pessoa durante mais de dez anos. Temos tomado conhecimento, extra oficialmente, de tensões existentes dentro das Igrejas entre esse ministério e o ministério pastoral. Por conhecermos os dois lados (presbítero e pastor) é que nos dirigimos com muito respeito a essa liderança por entendermos que a maioria dos pontos de tensões é gerada por falta de conhecimento do papel do presbítero dentro da Igreja (é verdade que em alguns casos os problemas são causados por dureza de coração, altivez de espírito, e desejo humano de querer dominar, controlar o ministério pastoral, ...)
Comecemos com o papel do presbítero numa Igreja. O presbítero é uma categoria de oficiais instituída por Deus dentro da Igreja (Atos 14.23; Tt 1.5). O nome presbítero é de origem grega e traz consigo a idéia da função de supervisão da congregação. Esse nome é o mesmo que ancião e bispo. A função de pastoreio (Atos 20.17, 28; 1 Pe 5.1-4), que é a de cuidar do rebanho de Deus, foi posta também sob a responsabilidade dessa categoria de oficiais. Portanto é de responsabilidade do presbítero visitar os irmãos, orar com eles e por eles, supervisionar o bom funcionamento da Igreja, entre outras coisas. O presbítero deve compreender que existem outros ofícios dentro da Igreja instituídos por Deus como, por exemplo, o pastoral e o diaconal. Deve entender ainda que o ministério pastoral foi instituído por Deus dentro da Igreja. O pastor, que é também um presbítero (docente), é uma dádiva de Deus a Igreja (Jr 3.15; Ef 4.11) para apascentá-la, cuidar dela, auxiliado pelos presbíteros. Ao pastor cabe, nessa área, a liderança maior da Igreja. Ele é o anjo da Igreja designado por Deus para cuidar em todas as áreas da vida da Igreja e por ela prestará contas a Deus (Veja apocalipse 2.1,8,12,18; 3.1,7,14). Pastores e presbíteros são os responsáveis diretos diante do Senhor da Igreja pela vida espiritual da mesma. Deus na sua sapiência infinita entregou o governo espiritual da Igreja ao pastor auxiliado pelos presbíteros. Quanto ao relacionamento entre esses dois ofícios, ambos, devem entender que estão cuidando das coisas de Deus. A Igreja local não é propriedade de um pastor e muito menos de seus presbíteros. Ao primeiro cabe liderar, como dissemos, e aos outros auxiliá-lo nesse glorioso ministério de pastoreio do rebanho de Deus. Essas duas categorias estão no mesmo “barco”, trabalhando com o mesmo objetivo: progresso da Igreja e a glória de Deus. Devem trabalhar unidos, com humildade, orientados por Deus. O pastor não deve “torpedear” o presbítero nem o presbítero deve dificultar o ministério pastoral; ambos devem trabalhar em harmonia para a glória de Deus. Ambos são servos e não senhores. Ambos têm um Senhor nos céus, a quem pertencem e a quem prestarão contas (1 Pe 5.1-4), ambos são responsáveis pela Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Queremos lembrar aos presbíteros que eles são falhos, pois são humanos. Sabemos de presbíteros que se arvoram no direito de serem fiscais de pastores, que “pegam” constantemente “no pé” do pastor, que são críticos mordazes do pastor, que “medem” o pastor e o censuram constantemente. Sabemos também de pastores que não gostam de presbíteros, não os prestigiam, torpedeiam o seu ministério e alguns os chamam até de “presbichos”. Isto, na nossa opinião, é um desvirtuamento desses ofícios tão preciosos na vida da Igreja e principalmente do ministério pastoral, pois Deus não os designou para isso. Nada impede que se o pastor “pisar na bola” seja aconselhado pelos presbíteros como também nada impede que o presbítero que falhar seja aconselhado pelo pastor. Isso faz parte da vida da Igreja. Mas esses ofícios se digladiando dentro da Igreja é um desastre para ela, é uma obra do diabo para desestabilizar o trabalho do Senhor.
Lembremo-nos também de que fazemos parte de uma Igreja Congregacional, onde o processo decisório passa necessariamente pela sua assembléia de membros, que é o árbitro maior dentro dela. Lembremo-nos também que o poder executivo da Igreja está diluído em sua estrutura organizacional, sob a liderança geral do pastor. Dentro dessa estrutura os ministérios da Igreja (pastor, presbítero e diácono) fluem, expressam-se para a glória de Deus.
Terminamos deixando um abraço fraternal para todos.

Esboço da Doutrina da Igreja


1) A Natureza da Igreja (A Igreja é um organismo vivo e ao mesmo tempo uma instituição organizacional)
a) O significado do Termo
A palavra Igreja é de origem grega (Ekklesia) que significa etimologicamente “chamar” ou “chamar para fora”.
b) Definição
O conjunto de pessoas lavadas e remidas pelo poder do sangue de Jesus.
c) Divisão
· Igreja universal (Invisível)
No sentido universal, Igreja significa a totalidade daqueles que em todas as épocas confessam a Cristo como Senhor e Salvador.
Mt 16.18; Ef 1.22,23; Hb 12.22,23
· Igreja local (visível)
No sentido local, Igreja significa um grupo de crentes em Cristo estabelecido numa determinada localidade geográfica. At 11.26; 13.1; 1Co 1.2; Gl 1.2; 1 Ts 1.1; Ap 1.11;...
(Ainda tem outras divisões: Igreja militante – Os crentes que estão vivos numa determinada época, e vivem servindo ao Senhor. Igreja Triunfante – A igreja glorificada por ocasião da segunda vinda do Senhor)
d) Figuras da Igreja
· Um Povo – Rm 9.24-26; Gl 6.16; Tt 2.14; 1 Pe 2.9; Ap 21.3;...
· Um Corpo – 1 Co 12.27; Ef 1.22,23; Cl 1.18;...
· Um Templo – 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Ef 2.21,22; 1 Pe 2.5; ...
2) As Funções da Igreja
a) Adoração – Mt 4.10; Lc 24.53; At 1.12-14; 2.47; Ap 4.23,24;...
b) Edificação – 1 Co 12.27-31; 1 Co 14.4, 5,12,17,26; Ef 2.20-22; 4.11-16;...
c) Evangelização – Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47; At 1.8; 1 Co 9.16,17;...
d) Beneficência – Lc 10.25-37; At 6.1-6; Rm 12.13; Gl 6.9,10; Hb 13.16; Tg 1.27;...
3) Os Oficiais da Igreja
a) Presbíteros, Bispo, Pastor, Ancião
At 11.30; 14.23; 15.4,22,23; 20.17,28; 1Tm 5.17; Tt 1.5; Tg 5.14; 1 Pe 1.1; 2 Jo 1; 3 Jo 1.
b) Diáconos – At 6.1-6; Fp 1.1; 1 Tm 3.8-13.
4) O Governo da Igreja
a) Episcopal – governo exercido através dos bispos (Metodista, Anglicano ou Episcopal)
b) Presbiteriano – governo exercido através dos Presbíteros (docentes e regentes) eleitos pela Igreja por um determinado período. At 20.17; 1 Tm 5.17; Tt 1.5; 1 Pe 5.1.
c) Congregacional – governo exercido pelos próprios membros da Igreja através de suas assembléias regulares. Mt 18.17,18; At 6.3; 14.23; 15.22,25.
5) As Ordenanças da Igreja
a) Batismo Cerimonial - Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; At 2.38,41; 8.12, 38; 9.18; 16.15; ...
b) Ceia Memorial – Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.19-20; 1 Co 11.23-32.
6) A Disciplina na Igreja
a) Formativa (aconselhamento através das Sagradas Escrituras)
b) Corretiva (Suspensão dos direitos de um membro por causa de pecado na vida)
c) Cirúrgica (exclusão definitiva do membro motivada por apostasia ou por insubordinação as determinações da Igreja)
(Toda disciplina aplicada pela Igreja tem como objetivo maior a restauração do indivíduo)

Esboço da Doutrina das Últimas Coisas


1) Escatologia individual
É a parte da escatologia que trata do futuro do indivíduo no que se refere a seu aspecto espiritual.
a) A morte (sua natureza)
· Morte Física (separação da parte material da parte espiritual do homem) – Gn 3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26.
· Morte Espiritual (separação do homem de Deus) Ef 2.1,2,5; Jo 5.24,25; Mt 8.21,22.
· Morte Eterna (eterna separação do homem de Deus) Dn 12.2; Mt 25.41,46; 2 Ts 1.9; Ap 20.6,14; 21.8;...
b) A morte (seus efeitos)
· Para os salvos (uma bem-aventurança, uma preciosidade, uma felicidade) - Sl 116.15; Lc 23.42,43; 16.22; Fp 1.23; Ap 14.13.
· Para os perdidos (uma tragédia, uma penalidade, um inimigo) – Mt 25.41,46; Lc 16.22-24; 2 Ts 1.9; Hb 9.27.
c) O Estado Intermediário (conceito)
É o intervalo de tempo entre a morte e a ressurreição corporal do indivíduo.
d) O Estado Intermediário (Concepções) (Millard, pág. 492, 493)
· O Sono da Alma
Interpretação literal dos textos:
Jo 11.11,14; At 7.60; 1 Co 15.6,18,20,51; 1 Ts 4.13-15;
· O Purgatório
Doutrina romanista baseada nos textos:
2 Macabeus 12.43-45; Mt 12.32; 1 Co 3.15.
· Sobrevivência Desencarnada
Doutrina protestante baseada nos textos:
Sl 16.10; Mt 16.18,19; Lc 16.19-31; 23.43; At 2.31; 2 Co 5.1-10; Fp 1.9-26; Ap 6.9-11.
2) Escatologia Geral ou Cósmica
É aquela parte da Escatologia que trata do futuro da humanidade em geral ou do programa de Deus para humanidade relacionada às últimas coisas.
a) A Segunda Vinda do Senhor
· A doutrina Consolidada (quase todos os livros do Novo Testamento tratam do assunto direta ou indiretamente)
· O tempo da segunda vinda (não revelado).
· Alguns sinais que indicam as proximidades da Segunda Vinda (a multiplicação da ciência – Dn 12:4; a multiplicação da iniqüidade – Mt 24.12,37-39; 2 Tm 3.1-9; 1 Pe 3.20; a apostasia e a manifestação do Anticristo - Mt 24.12; 2 Ts 2.1-12; Ap 6.2; a grande tribulação - Dn 12.1; Mt 24.21,22; Mc 13.19,20; Lc 21.25,26; Ap 6.1–19.10).
· Como será a Segunda Vinda do Senhor (Pessoal – Mt 24.30; Jo 14.3; 1 Ts 4.16; Ap 1.7; Física/Visível – Mt 24.30; At 1.11; Ap 1.7; Gloriosa – Mt 25.31; Mc 13.26; Lc 21.27; 2 Ts 1.10; Ap 19.11-16.
· O Propósito da Segunda vinda (Cumprir a palavra profética – Dn 2.34,35,44; 7.13,14; Mt 24.35; Buscar a Igreja – Jo 14.3; 1 Ts 4.17; 2 Ts 2.1; Julgar o mundo ímpio – Mt 24.31-46; At 17.30,31; Ap 20.11-15; Estabelecer o reino eterno – Dn 2.34,35,44,45; 7.13,14; Ap 11.15; 19.6.
b) O Arrebatamento da Igreja
Jo 14.1-3; 1 Ts 4.13-18; 1 Co 15.50-52; 2 Ts 2.1.
· A Ressurreição dos crentes falecidos
Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.16
· A transformação dos crentes vivos
1 Co 15.52; Fp 3.21; 1 Ts 4.17
· O Encontro com o Senhor nos ares
Jo 14.3; 1 Ts 4.17; 1 Ts 2.1
c) A Grande Tribulação (período de intenso sofrimento que o mundo experimentará antes da consumação de todas as coisas. Para os pré, meso e pós-tribulacionistas é um período de sete anos)
· No A. T. – Is 2.10-22; Dn 12.1; Ob 1.15,16; Jl 3.9-16;...
· No N. T. – Mt 24.21-29; Mc 13.19,20; Lc 21.25,26; 2 Ts 2.1-12; Ap 6 - 19
As teorias tribulacionistas (em relação ao Arrebatamento da Igreja)
· Pré-Tribulacionismo (O arrebatamento da Igreja acontecerá antes da grande tribulação)
· Meso-Tribulacionismo (O arrebatamento da Igreja acontecerá no meio da grande tribulação)
· Pós-Tribulacionismo (O arrebatamento da Igreja acontecerá no final da grande tribulação)
· Arrebatamento Parcial (Os crentes preparados serão arrebatados quando da segunda vinda do Senhor, os outros irão enfrentar a grande tribulação depois serão levados para o Senhor).
d) O Milênio Ap 20.4-6
As teorias Milenistas (em relação à segunda vinda do Senhor)
· Pré-milenismo Histórico (A segunda vinda do Senhor dará ocasião ao estabelecimento do reino milenar. O milênio é considerado um reino político onde Cristo governará o mundo durante um período de 1.000 anos. Nesse reino a Igreja governará com Cristo e será um período de paz, prosperidade e justiça. Os pré-milenistas históricos são pós-tribulacionistas, acreditam que a Igreja passará pela grande tribulação sendo preservada pelo Senhor nela)
· Pré-milenismo Dispensacional (O milênio é considerado um período dispensacional de 1.000 anos literais. A segunda vinda do Senhor acontecerá antes dele, ou melhor, dará ocasião ao seu estabelecimento. Nesse reino haverá uma distinção entre a Igreja, a nação de Israel e o mundo gentílico. O Senhor Jesus governará o mundo como rei messiânico prometido a nação de Israel, como príncipe da casa real de Davi)
· Pós-milenismo (A segunda vinda do Senhor dar-se-á no final do milênio. O milênio nessa linha de pensamento não é um reino literal e sim um período áureo de paz, prosperidade e justiça que o mundo experimentará por causa da expansão do Evangelho. Não é considerado um período de 1.000 anos literais)
· Amilenismo (Não existe um milênio literal. o Milênio é símbolo da vida perfeita dos crentes nos Céus e ainda é símbolo da vida eterna que o crente goza em Cristo neste mundo, assentado nos lugares celestiais, objeto de todas as bênçãos de natureza espiritual)
e) O Juízo Final
É a grande ocasião pública quando o mundo inteiro estará reunido na presença de Deus (O Senhor Jesus Cristo) e o destino final de cada indivíduo será pronunciado publicamente pelo Supremo Juiz.
· A doutrina confirmada no A. T. e N. T. Gn 18.25; 1 Cr 16.33; Sl 9.8; 96.13; 67.4; 98.9; Ec 3.17...; Jo 5.22; At 13.30,31; Rm 2.16; 3.6; ; 2 Ts 1.9; 2 Tm 4.1; Hb 9.27; Ap 11.18; 20.4,11,12;...
· O Propósito do Juízo Final (Vindicar a justiça de Deus e promover a sua glória) – Sl 9.7,8; 115.1; Ap 4.11; ...
· O juiz (o Senhor Jesus Cristo) – Mt 25.31,32; Jo 5.21-23,26,27; At 10.42; 17.30,31; Fp 2.9-11; 2 Tm 4.1.
· Quem será julgado
Os Perdidos – Mt 25.31-33,41; 2 Ts 2.1; Ap 20.15; Os anjos caídos – Mt 25.41; 1 Co 6.31; Pe 2.4; Ap 20.10.
· Quando será o Julgamento
Na consumação da atual dispensação – Ap 20.7-15
f) O Julgamento da Igreja (nos céus durante o período tribulacional – na visão pré-tribulacionista; por ocasião do juízo final – na visão amilenista)
É a grande ocasião em que a Igreja será recompensada por causa de suas obras realizadas durante sua existência.
· A doutrina confirmada no N.T.
Mt 25.21; Lc 12.47,48; Rm 14.10; 1 Co 3.13; 2 Co 5.10; Hb 10.30;
Ap 20.12.
g) A Ressurreição Corporal
· A doutrina no A.T. e N. T.
Sl 16.10; Is 26.19; Dn 12.2;… Mt 22.30; Lc 14.14; Jo 5.28,29; 6.40; 11.24; At 23.6; 24.15-21; 1 Co 15.1-57; Hb 6.2; Ap 20.5.
· A Ressurreição dos justos (corpos glorificados)
Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.35-49; Fp 3.20, 21; Ap 20.4,6.
· A Ressurreição dos ímpios (corpos especiais - subtendido)
Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.5
· O tempo da Ressurreição
(As duas ao mesmo tempo – na visão amilenista; Separada uma da outra por 1.000 anos – na visão pré-milenista).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Celebração da Ceia


A Ceia do Senhor foi instituída por Jesus na noite em que foi traído. O Salvador logo após celebrar a páscoa judaica, instituiu aquilo que seria o símbolo memorial de sua morte redentora. O registro da instituição da Ceia encontra-se nos evangelhos sinóticos (Mateus 26.26-30; Marcos 14.22-26; e Lucas 22.19,20) e as orientações para a sua celebração encontram-se em 1 Coríntios 11.23-33.
Nas instruções para a celebração da Ceia, o apóstolo Paulo alerta para que isso seja feito com discernimento do corpo e do sangue do Senhor, ou seja, o comulgante deve entender realmente que a obra redentora foi realizada na morte de Cristo onde o seu corpo, representado na Ceia pelo pão foi ferido, chagado, sofreu o impacto da ira de Deus por causa de nossos pecados e que o seu sangue, representado na Ceia pelo vinho, foi derramado para a nossa eterna redenção e para contínua purificação de nossos pecados.
A celebração da Ceia do Senhor é um dos momentos mais solenes da vida e ministério de uma Igreja evangélica, pois nela a Igreja está trazendo à sua memória a morte redentora do seu Senhor, Jesus Cristo, que é o ponto culminante da vinda do Redentor a este mundo.
O apóstolo Paulo orienta aos comungantes, quando da celebração da Ceia, fazer um exame introspectivo. Esse exame é uma verificação interior se realmente a pessoa pertence a Jesus, se foi contemplada com a salvação de Cristo e se está ligada a Ele pelo Espírito Santo. Esse exame passa também pela identificação de algum pecado cometido e não confessado a Deus. Todos sabem que é possível ao crente cometer pecado ao longo de sua vida cristã, de cometer alguma coisa que entristeça ao Espírito Santo, ou deixar de fazer aquilo que Deus nos manda em sua Palavra, o que também entristece ao Espírito de Deus. Tendo consciência disso, faz-se necessário que haja uma confissão ao Senhor dos erros e falhas, antes de nos apropriarmos dos elementos da Ceia do Senhor, para que não a tomemos indignamente. Feita a confissão, o Senhor nos purificará com o Seu sangue e nos tornará aptos a participar da Ceia dignamente. Lembremo-nos ainda de que o Senhor Jesus disse que, antes de cultuar a Deus (fazer os nossos sacrifícios espirituais), verificássemos se temos algo contra alguém. Se tivermos, procuremos perdoar antes de participarmos da Ceia sob pena de estarmos cultuando a Deus em vão.
A falta de discernimento quando da participação da Ceia, do seu significado, traz conseqüências danosas à vida do cristão, pois Paulo disse: “Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem”. Esse juízo de Deus sobre aqueles que participam da Ceia indignamente é algo que deve encher o coração do crente de temor. Assim sendo, aproximemo-nos da mesa do Senhor com uma certeza de fé e tiremos de nós a hipocrisia, a maledicência, o rancor, as censuras, as críticas destrutivas, enfim tudo aquilo que é pecado, e participemos da Ceia do Senhor da forma que Lhe agrada.

O Pastorado

A Igreja, tanto na sua expressão Universal como na sua expressão Local, é uma instituição divina, sendo Jesus o supremo Pastor da mesma. “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua ida pelas ovelhas” Jo 10.11 (Veja ainda 1 Pe 5.4).
De acordo com o plano estabelecido por Deus desde a eternidade, o Senhor constituiu dentro da Igreja local o ofício de Pastor, para tomar conta daquela porção do seu rebanho. “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e inteligência” Jr 3.15. “E ele mesmo deu uns para... pastores e mestres” Ef 4.11. Segundo se extrai dos dois textos citados, o Pastor é uma dádiva de Deus a Igreja visando tomar conta dela, apascentá-la. Isso pressupõe uma chamada divina específica para esse oficio e traz como conseqüência uma benção de Deus para o ministério pastoral.
A Bíblia ainda estabelece o perfil para o ministério pastoral que é encontrado nas cartas pastorais de Paulo 1 Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9.
Esse oficio é reconhecido pela Igreja que apresenta o seu candidato para a respectiva ordenação junto à associação de Igrejas que a mesma é filiada. Uma vez ordenado, o Pastor recebe autoridade divina para exercer o seu ministério de acordo com os dons naturais e espirituais concedidos por Deus a ele.
Nas Igrejas de nossa Denominação (ALIANÇA), os pastores para exercerem o seu ministério junto a uma Igreja local, precisam ser escolhidos por elas, mediante eleição democrática dos seus membros. Uma vez eleito pela Igreja e empossado no ministério pastoral, entende-se que a vontade de Deus foi manifestada através da decisão da Igreja.
O Senhor ordenou que a Igreja sustentasse condignamente o seu pastor, ou seja, que disponibilize as coisas necessárias para que o mesmo tenha as suas necessidades materiais e as de sua família supridas. “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1 Co 9.14. “e o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” Gl 6.6. Se por um lado Deus ordenou que o Pastor fosse um exemplo para o seu rebanho (Hb 13.7; 1 Pe 5.3), também ordenou que as ovelhas obedecessem às orientações do Pastor no cotidiano do seu ministério. “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, e não gemendo, porque isso não vos seria útil” Hb 13.17.
Para ajudar o Pastor em seu ministério, Deus deu a Igreja duas outras categorias de oficiais, que são os Presbíteros e Diáconos. Esses ofícios dentro da Igreja local devem fortalecer as mãos do Pastor e ajudá-lo a gerir as coisas da Igreja, os primeiros na área espiritual e os outros nas suas temporalidades.

O Governo Congregacional



Na doutrina da Igreja, temos uma parte que contempla o governo da Igreja. Três são os tipos básicos de governo eclesiástico: O Episcopal, o Presbiteriano e o Congregacional. No governo Episcopal, o poder de mando está centrado nos bispos, ou seja, quem governa a Igreja são os bispos designados por um colégio composto de bispos. No regime Presbiteriano, o governo reside no Conselho da Igreja que é composto de Presbíteros eleitos pela mesma para o exercício de um determinado mandato. Esses Presbíteros recebem da Igreja delegação para gerir os negócios da Igreja por um tempo definido pelo seu Estatuto. No regime Congregacional, o governo da Igreja é exercido pelos seus membros através de suas assembléias regularmente convocadas para tratar das questões internas da Igreja. O regime Congregacional é conhecido também como uma forma democrática de governo eclesiástico.
Nas Escrituras encontramos base para os regimes Presbiteriano (At 15.2,4,6,22) e Congregacional (Mt 1.17; At 6.2-5; 14.23; 15.30; 1 Co 6.1-5).
As Assembléias de uma Igreja Congregacional são de três tipos: Assembléia Ordinária, Assembléia Extraordinária e Assembléia Especial. As Assembléias Ordinárias são aquelas convocadas periodicamente para tratar dos assuntos corriqueiros da Igreja tais como relatório financeiro, movimentação da membrezia, disciplina, etc. As Assembléias Extraordinárias são aquelas convocadas para tratar de assuntos urgentes que surgem no seio da Igreja. As Assembléias Especiais são aquelas convocadas para eleição de Pastores, Oficiais e Diretores de Departamentos da Igreja, que recebem delegação da assembléia de membros para dirigir aquelas áreas definida pelo Estatuto de uma Igreja Congregacional.
As Assembléias no regime Congregacional são convocadas por editais através de quadros de avisos, boletins, púlpitos, etc., com antecedência para que todos os membros saibam da realização das mesmas. Nesses editais deve constar a pauta dos assuntos que serão tratados nelas, além de dia e hora da realização da mesma. Quem deve convocar as Assembléias são aquelas pessoas que têm competência estatutária para tanto, geralmente os Pastores que receberam delegação da Assembléia para presidir a Igreja. Todos os membros da Igreja que estejam em comunhão com a mesma têm direito de participar de suas Assembléias, propondo, apoiando, discutindo o assunto e votando.
As Assembléias devem funcionar de forma ordeira, de acordo com as regras parlamentares de praxe. Dentro de uma Assembléia os assuntos são propostos, apoiados e votados. Se, porventura, houver empate na votação, cabe a quem preside a Assembléia decidir a questão com o seu voto. Depois dos assuntos votados, as decisões devem ser observadas por todos os membros e congregados da Igreja, pois expressa a vontade da maioria representada na Assembléia. As decisões de uma Assembléia só podem ser revogadas por outra Assembléia.

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