terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Verbo encarnou


O drama do homem ocasionado pelo pecado teve uma resposta da parte de Deus através da promessa de um redentor que em Gênesis é identificado como o descendente da mulher, que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). À medida que o tempo foi passando, a promessa de Deus sobre o Redentor foi sendo ampliada e amplificada, de tal maneira que quando a época do Novo Testamento chegou tudo já estava profetizado, inclusive que o Redentor nasceria, por intervenção divina, de uma virgem, seria descendente da família de Davi, o grande rei de Israel, nasceria numa cidade da Palestina chamada Belém, etc.
No tempo determinado por Deus, nasceu Jesus, o Redentor, da virgem Maria. “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” Gl 4.4.
Esse Redentor que recebeu, quando nasceu, o nome de Jesus (Salvador), e que fora gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, era na verdade o próprio Deus, na pessoa do Seu Filho, o Verbo eterno que encarnara, assumindo uma natureza humana. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Jo 1.14. Escrevendo ao Filipenses, Paulo disse que Cristo, que sempre existiu como Deus, esvaziou-se a Si mesmo e assumiu uma natureza humana para morrer pelos pecados do Seu povo. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” Fp 2.5-8.
Na encarnação do Verbo, o Filho de Deus não deixou de ser Deus, mas assumiu uma natureza humana com todas as suas faculdades e fraquezas, exceto em relação ao pecado, pois fora gerado pelo Espírito Santo e o ventre de Maria fora santificado para que Ele nascesse puro, sem a contaminação do pecado de origem. “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” 1 Pe 2.22.
A encarnação do Verbo de Deus é o que chamamos de Natal, nascimento de Jesus. Esse evento é um dos grandes eventos do plano redentor de Deus, pois, inaugura-se com ele uma nova dispensação, a da Graça. “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” Jo 1.17. O nascimento do Salvador, por sua importância no plano redentor, foi marcado por acontecimentos miraculosos: 1) a proclamação foi feita por um anjo de Deus. “E o anjo lhes disse: Não temais porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo; Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador que é Cristo, o Senhor” Lc 2.10,11; 2) Um cântico entoado por um coral de anjos. “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens” Lc 2.13,14.
Época de festa, de alegria, é a celebração do Natal de Jesus. Não percamos de vista o verdadeiro significado do Natal. Regozijemo-nos e nos alegremos intensamente no Senhor e celebremos o Natal com um profundo sentimento de gratidão a Deus pelo nascimento do seu Filho Jesus Cristo.

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