segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cuidando dos seus

A família é uma dádiva de Deus ao ser humano. Foi Ele que graciosamente a instituiu. O propósito de Deus em instituir a família foi para que ela O glorificasse e também para que servisse de benção para os seus componentes (cônjuges, pais, filhos, irmãos, netos, genros e noras).

O ideal divino para um lar é que todos os seus componentes professem a fé em Cristo, sejam salvos e sirvam a Deus de todo o coração. Mas sabemos que na experiência da vida nem todos os componentes de uma família professam a fé em Cristo. Encontramos famílias em que todos os seus componentes são crentes em Cristo, o que é uma grande bênção, mas existem famílias em que nenhum dos seus componentes professa a fé em Cristo, o que é uma lástima. Existem famílias ainda em que um dos cônjuges é crente e o outro não. Existem ainda aquelas famílias em que os pais são crentes e os filhos não, como também existem famílias que os filhos são crentes e os pais não são.

O fato é que o componente crente, evangélico, de uma família, que é luz no Senhor, tem responsabilidade espiritual com a mesma, independente do papel que ocupa dentro dela (se é pai ou mãe ou filhos ou outro parente).

No seu programa para a Igreja, Deus constituiu os crentes como sacerdotes espirituais. A exemplo dos sacerdotes da antiga Dispensação, os sacerdotes espirituais têm a responsabilidade de oferecer sacrifícios a Deus, não mais os sacrifícios cerimoniais que da antiga dispensação eram sombras do sacrifício de Cristo, mas sim sacrifícios

de louvor que é o fruto dos lábios que confessam o nome de Jesus, e também de fazer intercessão pelo povo de Deus, não mais através de oferendas, mas sim através da oração e da súplica.

Como sacerdote espiritual o crente tem a responsabilidade de interceder continuamente pela sua família. Assim entendia o patriarca Jó, pois a Bíblia diz que Jó apresentava a Deus sacrifícios pelos seus filhos após os dias em que eles se reuniam para se confraternizar. “E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente” Jó 1.4,5.

Quantos membros de uma família há que são crentes, mas que não se preocupam com a vida espiritual dos seus. Não oram por eles, não os aconselham através da Palavra de Deus, não os convidam a ir com ele a Igreja, e até existem pais evangélicos que não trazem os seus filhos pequenos para a casa do Senhor. Existem ainda pessoas que investem muito na vida material de sua família, mas nada ou quase nada na vida espiritual da mesma, deixando os seus parentes nas mãos do diabo, do mundo e do pecado. No livro de Lamentações encontramos uma palavra da parte de Deus que contempla essa área: “Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas” Lm 2.19.

Irmãos, precisamos despertar para esta grande realidade. Os nossos parentes têm uma alma que é imortal e que precisa da graça de Deus para ser feliz neste mundo e na eternidade. Cuidemos dos nossos para não cairmos no juízo da Palavra que diz: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel” 1 Tm 5.8.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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