Moisés foi usado
por Deus para libertar os filhos de Israel da escravidão egípcia. Ainda coube a
ele levar o povo, do Egito até as portas da terra que o Senhor prometera a
Abraão e sua descendência. Devido a uma falha sua Moisés não teve o privilegio
de entrar com o povo na terra da promessa, cabendo a Josué, seu sucessor, fazer
isso. Após a morte de Moisés Deus falou a Josué
dizendo: “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este
Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo
lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés...
Ninguém se susterá diante de ti, todos os dias da tua vida; como fui com
Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te e
tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais
lhes daria” Js 1.2-6.
Após passar o
Jordão, graças a uma intervenção poderosa de Deus, os israelitas começaram a
obra de conquista. Trinta e um reis que lideravam as cidades estados de Canaã
foram subjugados, mas mesmo assim faltava ainda muita terra para ser
conquistada.
Nessa obra de
conquista podemos observar duas coisas: uma a soberania de Deus, e a outra a
responsabilidade humana. Deus dera a terra, pois a terra pertence ao Senhor, e
prometera guerrear pelo seu povo, mas cabia a cada israelita lutar com as armas
disponíveis para conquistar a terra.
Contextualizando o assunto, ou seja, trazendo-o para a experiência da
Igreja no plano espiritual, podemos constatar que Cristo, antítipo de Josué,
está realizando uma obra de conquista no coração de seus eleitos. Milhões já
foram alcançados, mas ainda o rebanho do Senhor não está completo. “Ainda tenho
outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e
elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” Jo 10.16.
No plano espiritual, naquilo a que se refere aos que já creem em Cristo,
tudo já está resolvido. Eles foram conquistados por Cristo e o seu coração, que
é comparado a uma terra, já pertence ao Senhor, e Ele através de Seu Espírito
se estabeleceu nele. “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” Gl 4.6.
Agora trazendo essa experiência ao crente individual, o Espirito que
habita em cada um deles, começou uma obra de conquista que visa alcançar todos os
compartimentos da alma do homem redimido (inteligência, vontade e emoções).
Nessa obra poderosa do Espírito Ele quer que nós, ao contrário dos cananeus que
se opuseram e guerrearam contra Josué, nos submetamos humildemente ao seu
controle. Quando isso acontece o Espírito nos enche de Si, e nós passamos a
viver uma vida cristã abundante. “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios
de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam
de receber os que nele cressem;...” Jo 7.38,39.
Você querido irmão que já professa a fé em Cristo não quer facilitar o
trabalho de conquista do Espírito em sua vida, em vez de resistir-Lhe (At 7.51),
de entristecê-Lo (Ef 4.30) ou mesmo de apagar (1 Ts 5.19) a Sua ação em sua
vida?
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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