segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quem é o meu próximo?


     Em certa ocasião, um homem procurou Jesus e lhe fez uma pergunta que reputo como uma das mais importantes que alguém poderia fazer, que foi o que se devia fazer para conseguir a vida eterna, apesar de que, segundo Lucas, ele fez isso para por Jesus à prova. Mesmo sabendo disso, Jesus perguntou-lhe o que ele lia na Lei Mosaica sobre o assunto. Em resposta o homem, um religioso judeu, resumiu o Decálogo em dois mandamentos, identificando primeiro o amor que se deve devotar de maneira prioritária a Deus e o segundo, o amor ao próximo. O Senhor aproveitando as próprias palavras do doutor da Lei, disse: “Fazes isso, e viverás”.  Apanhado pelas suas próprias palavras, o doutor para se justificar a si mesmo fez, cinicamente, a pergunta que colocamos como titulo desta reflexão.  Aproveitando o ensejo da pergunta daquele homem, o Senhor Jesus proferiu a famosa parábola do Bom Samaritano, registrada por Lucas em seu evangelho (Lc 10.25-37).

   Na parábola do Bom Samaritano, o Senhor Jesus fez referência a um homem que caiu nas mãos de salteadores e ferido, espoliado ficou caído no caminho. Por aquele caminho transitavam dois homens importantes da sociedade israelita (um sacerdote e um levita) que, apesar de terem recursos passaram ao largo sem prestar auxílio ao homem ferido. Nesse estado de lástima aquele homem foi encontrado por um samaritano que passava por aquele caminho, que cuidou dele, pensando-lhe as feridas e o levou para uma estalagem, autorizando o hospedeiro a lhe debitar as despesas da convalescença daquele homem.  Depois Jesus perguntou ao egoísta doutor da Lei, a quem tinha dirigido essa parábola, o seguinte: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?  O doutor respondeu que fora o último, aquele que tivera misericórdia do homem combalido e o ajudara. Jesus disse então para ele: “Vai, e faze da mesma maneira”.
    Irmãos, um dia Deus usou de misericórdia para conosco e nos tirou da sarjeta do pecado e cuidou de nossas almas pagamento o preço de nossa recuperação. Ele também nos deu recursos para nos mantermos a nós mesmos, as nossas famílias, para atendermos as necessidades de sua igreja e também para ajudarmos ao nosso próximo, principalmente aqueles que sofrem as agruras da vida.
    Na Bíblia encontramos que Deus mandou que nós fizéssemos o bem a todos, especialmente aqueles que professam a fé em Cristo. “Então enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10. É desnecessário lembrar que milhões de pessoas não tem o necessário para viver, uns não têm nem o que comer inclusive muitos de nossos irmãos em Cristo.  Negligenciar a beneficência é insultar a Deus, que de tudo nos supriu, é ser ingrato e egoísta.
    O egoísmo é uma doença maligna, que tem atingido muita gente, inclusive, infelizmente, alguns servos de Deus. Pessoas que só pensam em si mesmas, e, muito, em suas famílias.
   Pensei eu que fosse um provérbio popular “Quem dá aos pobres empresta a Deus”, mas descobri que era um provérbio inspirado por Deus e que, inclusive, traz consigo uma promessa: “Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício” Pv 19.17.  O Salvador disse em certa ocasião que os pobres sempre os teríamos conosco, portanto, procuremos fazer-lhes bem enquanto pudermos. Pr. Eudes Lopes  Cavalcanti    

Nenhum comentário:

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...