Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e
da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo;
nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado,
morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está
sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos
e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão
dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém.
Dando continuidade ao estudo do Credo Apostólico iremos tratar do
nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo da virgem Maria, pois o Credo
Apostólico diz: Creio em Jesus Cristo...;
(que) nasceu da virgem Maria.
Quando
ocorreu a queda do homem no Éden Deus lhe fez uma promessa que da semente da
mulher nasceria aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15), fazendo essa
promessa alusão a redenção do homem, que
seria realizada por um homem nascido de mulher.
Passando-se
os séculos essa promessa foi reavivada pelo profeta Isaías, que disse: “Portanto
o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e será o seu nome Emanuel” Is 7.14. A história continuou tendo o seu
curso natural e, aproximadamente,
setecentos anos depois do vaticínio de Isaías ela teve o seu fiel cumprimento
no nascimento de Jesus. Depois de registrar a anunciação, pelo anjo Gabriel, do Natal de Jesus, o evangelista Mateus fez
referência ao que Isaías profetizara. “Tudo
isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo
profeta, que diz: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e chamá-lo-ão
pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco” Mt 1.22,23. Mais tarde
Paulo refletindo sobre o assunto, escreveu: “Mas
vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei” Gl 4.4.
Segundo a Sua soberana vontade, aprouve a Deus escolher uma piedosa jovem chamada Maria que
habitava em Nazaré, uma cidade da Galiléia, para ser o instrumento humano que cumpriria
a promessa que Ele fizera no Édem. Veja o que a Bíblia diz sobre o assunto: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado
por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com
um varão, cujo nome era José, da casa de Davi: e o nome da virgem era Maria” Lc
1.26,27.
Essa
jovem era noiva (desposada) com José, um dos descendentes da casa real de Davi.
Ela ao tomar conhecimento de que seria o canal usado por Deus para trazer o Messias
ao mundo, reconheceu a sua indignidade para esse tão grande propósito de Deus e,
humildemente, se entregou para que Ele desse curso ao Seu programa redentor. “Disse então Maria: Eis aqui a serva do
Senhor: cumpra-se em mim segundo a tua palavra...” Lc 1.38. Em seguida ela celebrou ao Senhor com um cântico
maravilhoso, conhecido como Magnificat, registrado por Lucas (Lc 1.46-55).
Depois do nascimento virginal de Jesus, Maria teve o seu curso natural
de vida como mulher casada com José. No período em que a criança estava em
formação no seu ventre José não teve relação sexual com sua mulher, isto diz o
texto sagrado: “E José, despertando do
sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. Mas não teve
relações com ela enquanto ela não deu a luz um filho. E lhe pôs o nome de
Jesus” Mt 1.24,25. Observem o texto
que diz que José não teve relação sexual com sua mulher até que a criança
nascesse, dando a entender que depois do nascimento de Jesus o casal teve a sua
vida sexual normal, e isso não tira a santidade de Maria nem traz para ela
nenhum demérito. Os evangelhos dizem que
Maria teve de José diversos filhos e chega até a citar os nomes deles (Mt 12.46; 13.55,
Mc 6.3, etc), e dentre eles, Tiago foi o mais proeminente chegando a ser o líder
da Igreja em Jerusalém (Gl 1.19; 2.9; 1 Co 15.7).
A
Igreja Católica Romana firmada, não sei em quê, mas com certeza não nas
Escrituras, continua a ensinar a virgindade perpétua de Maria, e pior do que
isso, eleva Maria como a Mãe de Deus, uma deusa que está sendo adorada por esse
segmento cristão como a rainha dos Céus. Outro erro grave dessa Igreja é
considerar Maria medianeira usurpando, sem o consentimento dela, o lugar que
pertence a Jesus, o Filho de Deus (1 Tm 2.5).
Pr.
Eudes Lopes Cavalcanti
Nenhum comentário:
Postar um comentário