segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Creio que Jesus foi crucificado

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual  foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
      O método de executar pessoas com a crucificação começou na Pérsia e foi trazido por Alexandre Magno para o Ocidente e utilizado frequentemente pelos romanos. Na crucificação combinavam-se dois elementos - vergonha e tortura, e por isso era considerado um ato ignominioso.
      O castigo imposto pela crucificação começava com a flagelação do condenado, depois de ser sido despojado de suas vestes. Na flagelação a vítima era amarrada num tronco e chicoteada com um azorrague que tinha pregos e pedaços de ossos nas pontas. Às vezes no ato da flagelação o condenado morria devido não resistir aos ferimentos. Ainda no ato de flagelação o réu era obrigado a levar a haste menor da cruz até o local de sua execução onde já se encontrava a haste maior fixada no chão.
    No ato em si da crucificação, a vitima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, tendo as mãos e os pés amarrados ou  fixados por pregos. A morte ocorria por asfixia devido ao peso sobre as pernas sobrecarregar a musculatura abdominal dificultando, barbaramente, o processo de respiração. Era uma morte lenta e terrível. Às vezes para abreviar a morte da pessoa quebravam-lhe as pernas (Jo 19.31-34).

   Segundo a lei mosaica, a pessoa que sofresse a morte por crucificação (pendurada num madeiro) seria considerada maldita. “Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás  no mesmo dia, porquanto o pendurado é maldito de Deus...” Dt 21.22,23. O apóstolo Paulo falando da morte de Cristo cita esse texto em Gálatas 3.13, quando disse que Cristo se fez maldição por nós, morrendo na cruz.
   O Senhor no final de seu ministério revelara aos seus discípulos que seria condenado e morto por crucificação. “Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão a morte. E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará”  Mt 20.18,19.
   A lei mosaica determinava que os blasfemadores fossem mortos (Jo 19.7) por apedrejamento (Lv 24.10-16,23). Jesus foi condenado pelo tribunal judaico, segundo os seus acusadores, pelo pecado de blasfêmia, mas como os judeus estavam sob o controle do império romano,  não tinham autorização para executar ninguém (Jo 18.31), foi por isso que os sacerdotes o levaram ao tribunal  romano para que fosse condenado por ele e aplicado a pena de morte por  crucificação, como estava previsto no programa divino (Jo 18.32).
   Os evangelhos revelam que depois de flagelado pelos soldados romanos, Jesus foi obrigado a levar a cruz (haste menor) até o lugar onde seria supliciado, sendo ajudado por Simão Cirineu que carregou a cruz por ele, visto que não aguentava mais de tão ferido que estava (Mt 27.26-32; Mc 15.15-22; Lc 23.25,26; Jo 19.1,16,17).
   Num monte próximo a Jerusalém chamado Calvário, Jesus foi pregado na cruz às nove horas da manhã e morreu às três horas da tarde do mesmo dia. Ao seu lado foram crucificados dois malfeitores, um a sua direita e o outro a sua esquerda (Mt 27.33-50; Mc 15.22-37; Lc 23.33-46; Jo 19.17-30).
   Na cruz, Jesus proferiu as suas últimas palavras: 1) perdoou os seus algozes; 2) garantiu o paraíso a um dos condenados arrependido; 3) entregou Maria sua mãe aos cuidados de João e João aos cuidados dela; 4) clamou: “Eli, Eli, lemá sabactâni”; 5) disse que estava com sede; 6) disse ainda “está consumado”; 7) e disse “Pai nas tuas mãos entrego o meu espirito”. 
  Quanto à cruz, o instrumento usado para a morte de Cristo, ela não deve ser venerada. A verdadeira veneração deve ser dada ao crucificado, Aquele que morreu pelos nossos pecados. 
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti 

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