Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os
mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos
santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém.
Após o Credo Apostólico expressar a sua fé
na pessoa do Espirito Santo, ele contempla a Igreja de nosso Senhor Jesus
Cristo na sua expressão universal ou católica. “Creio... na Santa Igreja Universal”.
A palavra “creio” em relação à Igreja do
Senhor não quer dizer que se deposita fé nela, e sim que ela existe. Uma melhor
declaração seria Creio na existência da santa Igreja universal ou católica.
Estamos dizendo isso porque a Igreja não é objeto de fé do crente. As sentenças
do Credo quando se referem a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espirito Santo devem ser encaradas como
declaração de fé em um objeto, o Deus Triúno. Nos demais casos, como uma crença
na existência.
Na
doutrina da Igreja (eclesiologia) encontramos uma área que contempla as duas
expressões da Igreja: a universal e a local. No caso do Credo, ele contempla a
expressão universal da Igreja, que é o conjunto dos salvos de todas as épocas:
os que já faleceram, os que estão vivos e ainda aqueles que hão de ser salvos. “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste
aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá
um rebanho e um Pastor” Jo 10.16. “E
não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de
crer em mim” Jo 17.20.
A
Igreja na sua expressão universal é ainda o conjunto definido de pessoas que
foram escolhidas na eternidade para serem salvos pela graça divina. “Como também nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em
amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor e glória da sua graça, pela
qual nos fez agradáveis a si no Amado” Ef 1.4-6.
A
Igreja na sua expressão universal é também um corpo espiritual tendo como
cabeça Jesus Cristo. “Pois todos nos
fomos batizados em um Espirito formando um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espirito” 1 Co 12.13. “Ora vós sois o corpo de Cristo, e seus
membros em particular” 1 Co 12.27. “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e
sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a
plenitude daquele que cumpre tudo em todos” Ef 1.22,23.
Essa
Igreja é conhecida ainda como a família de Deus. Antes de sermos crentes éramos por natureza estrangeiros e
forasteiros, mas em Cristo nos tornamos membros da família de Deus. “Assim que já não sois estrangeiros, nem
forasteiros, mas concidadão dos santos, e da família de Deus” Ef 2.19.
Aqueles irmãos que já partiram para a
eternidade estão dormindo no Senhor. Aqueles que estão vivos servindo ao Senhor
são identificados como a Igreja militante, e aqueles que são escolhidos, mas
que ainda não foram alcançados pela graça salvadora estão sob tutores e
curadores até o tempo determinado pelo Pai, quando serão efetivamente chamados
para a salvação. “Mas, antes que a fé
viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se
havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir
a Cristo, para que pela fé fossemos justificados” Gl 3.23,24.
Ainda segundo as Escrituras, algumas figuras
que representam a Igreja no plano espiritual como, por exemplo, corpo e edifício,
pode-se extrair que a Igreja compõe-se de um determinado número de pessoas e
que só essas pessoas é que fazem parte da Igreja e nenhuma outra. Quando Jesus
vier à segunda vez, virá para buscar a Igreja na sua expressão universal. Todos
os membros dessa Igreja subirão no dia do arrebatamento para se encontrar com o
Senhor nos ares, e assim estarão para sempre Ele (1 Ts 4.15-17).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Nenhum comentário:
Postar um comentário