sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Oração do Pai Nosso

“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”.
    Começamos com este boletim a primeira de uma série de reflexões sobre a oração do Pai Nosso.
    A oração do Pai Nosso foi uma resposta do Senhor Jesus a uma aspiração dos seus discípulos que pediram que ele os ensinasse a orar. “E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor,  ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” Lc 11.1. Os evangelistas Mateus e Lucas registraram a resposta do Senhor Jesus, sendo que em Mateus (Mt 6.9-13)  a oração do Pai Nosso é mais completa do que o resumo dela feito pelo evangelista Lucas (Lucas 11.2-4).
    O estudo da oração do Pai Nosso se reveste de especial importância, primeiramente porque foi o próprio Deus quem ensinou a oração. Em segundo lugar porque nela encontramos preciosos temas teológicos, que iremos dissertar mesmo que de forma sucinta sem a perda da qualidade; e em terceiro lugar porque ela reflete o desejo de Deus de como devemos nos dirigir a Ele em oração.
   Ao longo da Bíblia encontramos o registro de orações proferidas por diversos servos de Deus como, por exemplo, a de Moisés, a de Salomão, diversas de Davi, dos profetas, da Igreja Primitiva, de Estevão, de Paulo. Umas longas outras curtíssimas como, por exemplo, a de Pedro quando se afogava no Mar da Galiléia (Senhor, salva-me!), mas nenhuma se compara com a oração ensinada por Jesus, pelas razões citadas acima, principalmente porque ela saiu dos próprios lábios do Senhor.

    Essa preciosíssima oração contempla grandes temas teológicos, a saber: A paternidade de Deus (Pai nosso);   o lugar da habitação de Deus (que estás nos Céus); a santidade de Deus (santificado seja o teu nome); o reino de Deus (venha a nós o teu reino; porque teu é o reino); a vontade de Deus (seja feita a tua vontade assim na terra como no Céu); a provisão de Deus (o pão nosso de cada dia dá-nos hoje); o perdão de Deus (perdoa as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores ); a proteção de Deus (não nos deixes cair na tentação); o livramento de Deus (mas livra-nos do mal); o poder de Deus (porque teu é o poder); a glória de Deus (porque tua é a glória). Também iremos dissertar sobre o Amém com o qual Jesus encerrou a oração.
     Resumindo os temas teológicos contidos na oração do Pai Nosso, podemos dizer que eles revelam o próprio Deus identificando-O como Pai, como Santo, como Rei, como um Ser Pessoal, como o Deus provedor do seu povo, Deus perdoador, Deus Protetor, Libertador, Deus detentor de todo o poder e Deus glorioso.
     Infelizmente a oração do Pai Nosso não é muito enfatizada pela Igreja protestante, talvez porque a Igreja Católica Romana ao utilizá-la constantemente a popularizou. A oração do Pai Nosso é uma propriedade do povo de Deus em geral e não propriedade desse ou daquele segmento cristão.  Apesar de a Igreja Romana usar a oração mais do que a Igreja protestante ninguém pense que essa preciosa oração é patrimônio dela.
     Lembramos que essa oração encontra-se nos Evangelhos de Mateus e Lucas, como já foi dito, e principalmente porque ela foi ensinada por Jesus, nosso Senhor, para que os seus discípulos a proferisse em seus cultos quer particular ou junto com a comunidade.
      Esperamos ainda no Senhor que ninguém faça como fez uma irmã que assistia os trabalhos de uma determinada Igreja e que deixou de frequentá-los porque estava sendo estudado o Credo Apostólico. Aquela irmã achava que o Credo era um documento da Igreja Católica e por isso indigno, na visão dela, de ser utilizado pela Igreja Evangélica. 
    Esperamos em Deus que a 3ª IEC/JPA, bem como o povo de Deus que está acessando ao nosso site WWW.3iec.com.br façam bom proveito desses estudos, porque certamente eles irão fortalecer a fé dos crentes em Cristo, de fazer-lhe crescer espiritualmente, pois essa oração nos ensina como devemos nos dirigir a Deus, reconhecendo a Sua suficiência e a nossa total dependência dele.          
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti 

Nenhum comentário:

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...