“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos
do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”.
Começamos com este boletim a primeira de
uma série de reflexões sobre a oração do Pai Nosso.
A oração do Pai Nosso foi uma resposta do
Senhor Jesus a uma aspiração dos seus discípulos que pediram que ele os
ensinasse a orar. “E aconteceu que,
estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus
discípulos: Senhor, ensina-nos a orar,
como também João ensinou aos seus discípulos” Lc 11.1. Os evangelistas
Mateus e Lucas registraram a resposta do Senhor Jesus, sendo que em Mateus (Mt
6.9-13) a oração do Pai Nosso é mais
completa do que o resumo dela feito pelo evangelista Lucas (Lucas 11.2-4).
O estudo da oração do Pai Nosso se reveste
de especial importância, primeiramente porque foi o próprio Deus quem ensinou a oração. Em
segundo lugar porque nela encontramos preciosos temas teológicos, que
iremos dissertar mesmo que de forma sucinta sem a perda da qualidade; e em
terceiro lugar porque ela reflete o desejo de Deus de como devemos nos dirigir a Ele em
oração.
Ao longo da Bíblia encontramos o registro de
orações proferidas por diversos servos de Deus como, por exemplo, a de Moisés,
a de Salomão, diversas de Davi, dos profetas, da Igreja Primitiva, de Estevão,
de Paulo. Umas longas outras curtíssimas como, por exemplo, a de Pedro quando
se afogava no Mar da Galiléia (Senhor, salva-me!), mas nenhuma se compara com a
oração ensinada por Jesus, pelas razões citadas acima, principalmente porque ela
saiu dos próprios lábios do Senhor.
Essa preciosíssima oração contempla grandes
temas teológicos, a saber: A paternidade de Deus (Pai nosso); o lugar
da habitação de Deus (que estás nos Céus); a santidade de Deus (santificado
seja o teu nome); o reino de Deus (venha a nós o teu reino; porque teu é o
reino); a vontade de Deus (seja feita a tua vontade assim na terra como no Céu);
a provisão de Deus (o pão nosso de cada dia dá-nos hoje); o perdão de Deus
(perdoa as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores ); a
proteção de Deus (não nos deixes cair na tentação); o livramento de Deus (mas
livra-nos do mal); o poder de Deus (porque teu é o poder); a glória de Deus (porque
tua é a glória). Também iremos dissertar sobre o Amém com o qual Jesus encerrou
a oração.
Resumindo os temas teológicos contidos na
oração do Pai Nosso, podemos dizer que eles revelam o próprio Deus
identificando-O como Pai, como Santo, como Rei, como um Ser Pessoal, como o
Deus provedor do seu povo, Deus perdoador, Deus Protetor, Libertador, Deus
detentor de todo o poder e Deus glorioso.
Infelizmente a oração do Pai Nosso não é
muito enfatizada pela Igreja protestante, talvez porque a Igreja Católica
Romana ao utilizá-la constantemente a popularizou. A oração do Pai Nosso é uma
propriedade do povo de Deus em geral e não propriedade desse ou daquele segmento
cristão. Apesar de a Igreja Romana usar
a oração mais do que a Igreja protestante ninguém pense que essa preciosa
oração é patrimônio dela.
Lembramos que essa oração encontra-se nos
Evangelhos de Mateus e Lucas, como já foi dito, e principalmente porque ela foi
ensinada por Jesus, nosso Senhor, para que os seus discípulos a proferisse em seus
cultos quer particular ou junto com a comunidade.
Esperamos
ainda no Senhor que ninguém faça como fez uma irmã que assistia os trabalhos de
uma determinada Igreja e que deixou de frequentá-los porque estava sendo
estudado o Credo Apostólico. Aquela irmã achava que o Credo era um documento da
Igreja Católica e por isso indigno, na visão dela, de ser utilizado pela Igreja
Evangélica.
Esperamos em Deus que a 3ª IEC/JPA, bem
como o povo de Deus que está acessando ao nosso site WWW.3iec.com.br façam bom
proveito desses estudos, porque certamente eles irão fortalecer a fé dos
crentes em Cristo, de fazer-lhe crescer espiritualmente, pois essa oração nos
ensina como devemos nos dirigir a Deus, reconhecendo a Sua suficiência e a
nossa total dependência dele.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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