“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu
Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de
cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação,
mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre.
Amém”.
A Bíblia Sagrada nos
apresenta os três grandes inimigos do ser humano: o diabo, o mundo e a carne
(natureza pecaminosa). Esses três adversários de nossas almas são os grandes
tentadores, especialmente o diabo, que a Bíblia claramente o identifica como
tal. “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto
quarenta dias, tentado por Satanás... “ Mc 1.12,13. (Veja ainda 1 Co 7.5).
O Diabo, o tentador,
usa o mundo para tentar as pessoas a pecarem contra Deus, especialmente aos
cristãos. Ele também aproveita as fraquezas da natureza humana, para levar as
pessoas a transgredirem a lei divina. Paulo, apóstolo de Jesus, disse que a
nossa luta não é contra a carne e o sangue e sim contra o diabo e seus anjos. “porque não temos que lutar contra carne e
sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais” Ef 6.12.
Tiago, o irmão do
Senhor, em sua carta orienta aos crentes a não amarem as coisas do mundo, pois
isso se constitui inimizade contra Deus. “Adúlteros
e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?
Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”
Tg 4.4.
Ainda Tiago diz que a
tentação é consequência dos apetites da nossa natureza decaída. “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou
tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado;
e o pecado, sendo consumado, gera a morte” Tg 1.13-15.
Conforme o texto de Tiago acima, cair na tentação é cometer
pecado contra Deus. É transgredir os seus santos mandamentos. É afrontar a
Deus.
Tentar, no contexto
da oração do Pai Nosso, significa por a prova, experimentar. Tentar não são só aquelas sugestões que nos levam a pecar,
mas também certas provas que passamos na vida. Por exemplo: a pessoa adoece ou
ter uma perda significa e a tentação que elas podem enfrentar é desacreditar de
Deus, querer culpar a Deus pelas desventuras, murmurar, maldizer, blasfemar, etc.
Na oração do Pai
Nosso, o Senhor Jesus nos ensina que devemos pedir a Deus que não nos deixe cair na tentação, pois
cair na tentação é pecar contra o Deus Santo, e isso nos separa Dele.
A Bíblia nos
apresenta Deus como o protetor do seu povo, o escudo, a fortaleza, a cidade
forte, rochedo, esconderijo, etc. “Tu és
o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra” Sl 119.114.
Deus é soberano e
dispõe todas as coisas para a vida dos seus filhos, inclusive o controle sobre
as tentações. Veja o que o apóstolo Paulo disse: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não
deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape,
para que a possais suporta” 1 Co 10.13.
O patriarca Jó enfrentou uma terrível tentação
quando perdeu dez filhos de uma vez, seus bens e sua saúde. A sua mulher não
aguentou a prova e maldisse a Deus no seu coração, inclusive sugerindo que Jó
amaldiçoasse a Deus e se suicidasse. Diz o texto que apesar disso tudo, Jó não
sucumbiu à tentação, mas se manteve fiel ao seu Deus. “e disse:...; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do
Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” Jó
1.21,22.
Irmãos, todos nós
somos passiveis de sofrer a tentação, mas Deus protege o seu povo. Portanto, confiemos
nele.
Pr.
Eudes Lopes Cavalcanti
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