“Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei
e eu serei glorificado, diz o Senhor” Ag 1.8
O Antigo Testamento
está classificado em quatro grupos de livros: o Pentateuco, os livros
históricos, os livros poéticos e os livros proféticos. Por sua vez os livros
proféticos estão divididos em dois grupos: os profetas maiores (de Isaías a
Daniel) e os profetas menores (de Oséias a Malaquias). O livro de Ageu é o antepenúltimo livro do
Antigo Testamento, ele, juntamente com Zacarias e Malaquias, são conhecidos
como livros proféticos pós exilio, ou seja, aqueles profetas da antiga
dispensação que profetizaram após o retorno dos israelitas do cativeiro
babilônico.
Para contextualizar a mensagem do profeta
Ageu é preciso lembrar aos irmãos que, na época, o povo de Deus já tinha
retornado, pelo menos uma parte dele, do cativeiro babilônico que durara
setenta anos. Conforme o relato de Hanani, irmão de Neemias, o estado da cidade
de Jerusalém era deplorável. A cidade fora destruída bem como o templo que
Salomão construíra.
Deus graciosamente levantara três homens para
uma grande obra de reconstrução: Zorobabel (o templo), Neemias (a cidade) e
Esdras (o culto).
Zorobabel, autorizado por Ciro, conforme
relato de Esdras, empreendeu o trabalho de reconstrução do templo: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor,
Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe
edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu
povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a
Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém”. Ed 1.2,3.
Mas, o trabalho de reconstrução teve uma
paralização de aproximadamente quatorze anos devido à oposição dos samaritanos, isto
levou a um grupo de israelita dizer que ainda não chegara o tempo
de reconstruir o templo, e
O profeta Ageu foi
levantado por Deus para animar o povo a fazer a obra de reconstrução. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai o
vosso coração aos vossos caminhos. Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a
casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor” Ag 1.7,8.
Antes de animar o povo,
o profeta revelou uma reprimenda do Senhor por causa do pecado de indiferença
em fazer a obra que Deus tinha determinado que deveria ser feita. “Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo
ministério do profeta Ageu, dizendo: É para vós tempo de habitardes nas vossas
casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?” Ag 1.3,4. Diz a Bíblia que o povo temeu e ouviu a voz
de Deus e lançou-se a obra, concluindo-a.
Contextualizando uma
parte da mensagem do livro de Ageu para a Igreja da atualidade percebe-se que o povo de Deus, geralmente, está imbuído do
mesmo pensamento de que não é tempo de reconstrução do santuário de Deus, que é
a vida do cristão. Uma grande quantidade de cristãos são crentes nominais, ou
seja, não estão com a vida reconstruída, Jesus não é adorado, não é servido, nem
é glorificado nelas.
O santuário onde Deus
hoje é adorado é a Igreja como organismo bem como os crentes individuais, pois
nos é dito na Bíblia Sagrada que o interior do crente em Cristo é santuário de
Deus. “Não sabeis vós que sois o templo
de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1 Co 3.16.
Exortamos aqueles
irmãos que só tem os olhos voltados para as coisas deste mundo, que é tempo de
reconstrução, de mudança de foco, pois o Reino de Deus é prioridade absoluta,
não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Pr.
Eudes Lopes Cavalcanti
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