quinta-feira, 30 de outubro de 2014

OS CRENTES EM CRISTO E O RESULTADO DAS ELEIÇÕES

                       
    Os crentes em Cristo sabem pelas Sagradas Escrituras que Deus é soberano, Senhor do Universo e que a terra e tudo o que nela existe, inclusive os seres humanos pertencem a Ele. Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” Sl 24.1.

     Em relação ao pleito eleitoral realizado no domingo passado em nosso País, o soberano Senhor do universo fez a sua vontade reconduzindo uns, aprovando outros e reprovando a quem Ele quis reprovar, em relação aos cargos eletivos, pois Ele é quem estabelece reis e depõe reis. “Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos” Dn 2.21.

     A postura do servo de Deus, daqui por diante, é respeitar a ordem estabelecida por Deus no designo de sua vontade e obedecer aos líderes que Ele instituiu pela sua graça e vontade, exceto na questão do pecado.   “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” Rm 13.1,2. Veja ainda o que diz outra Escrituras sobre o assunto: “Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos; Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei” 1 Pe 2.13-17.
   
    Estamos assistindo nas redes sociais ministros do evangelho de renome neste País, mostrando sua indignação pelo fato de seu candidato não ter sido eleito. Esses líderes com essa postura de insubmissão a vontade de Deus instigam os seus seguidores a transgredirem a santa Palavra de Deus se posicionando contra aquilo que foi estabelecido por um pleito democrático no qual Deus manifestou a Sua soberana vontade.
  
     Lembramos aos irmãos da Igreja do Senhor Jesus espalhada no Brasil que reflitam sobre a postura desses líderes e pensem muito antes de dizer “amém” aos seus posicionamentos políticos, pois muitos deles já perderam há muito tempo a visão do Deus soberano que governa o universo. As Sagradas Escrituras, única regra de fé e prática dos cristãos, recomendam que os crentes em Cristo orem pelas autoridades constituídas por Deus para que tenhamos uma vida sossegada e tranquila, conforme o texto a seguir:Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade, pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador” 1 Tm 2.1-3.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Outubro de 2014



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uma panorâmica sobre os livros da Bíblia


      A Bíblia Sagrada, a santa Palavra de Deus, é uma coleção de sessenta e seis livros, sendo trinta e nove do Antigo Testamento e vinte e sete do Novo Testamento. Nela Deus se revela de uma forma especial, aquilo que Ele quis revelar acerca do Seu Ser, de Seus atributos, do Seu caráter e, sobretudo, de Sua vontade para o ser humano em geral e especialmente para os seus servos, aqueles que creram e aceitaram a Jesus Cristo como Filho de Deus, Salvador e Senhor de suas vidas.
      O Antigo Testamento tem a seguinte classificação: O Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio); os Livros Históricos (Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester); os livros Poéticos (Jó, Salmos, provérbios, Eclesiastes e Cantares) e os livros Proféticos (Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias). O Novo Testamento é classificado assim: os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João); o Livro Histórico (Atos dos Apóstolos); as Epístolas Paulinas (Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom); a Epístola aos Hebreus; as Epistolas Gerais (Tiago, 1 e 2 Pedro; 1,2, e 3 João e Judas); e o livro de Apocalipse.
     Diversos servos de Deus foram usados por Ele para escrever o Cânon Sagrado. Todos eles foram inspirados pelo Espírito Santo para produzir esse tesouro maravilhoso. “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” 2 Pe 1.20,21. (Veja ainda 2 Tm 3.16,17).

     A inspiração das Escrituras fez com que ela se tornasse infalível, verdade absoluta, Palavra de Deus, única regra de fé e prática do cristão.
     Para se ter uma compreensão melhor das Escrituras faz-se necessário que o leitor entenda que a mesma foi escrita em diversos estilos literários, e que não podemos interpretar tudo ao pé da letra como se diz. Nela são usadas muitas figuras de linguagem, metáforas, parábolas, profecias, linguagem apocalíptica, etc.
  Uma especial atenção deve ser dada a questão da progressividade da revelação, ou seja, Deus não revelou tudo de uma só vez, ao contrário, foi-se revelando aos poucos, ao longo do tempo, aproximadamente dezesseis séculos. Nessa revelação os profetas tiveram um papel preponderante, sendo instrumentos de Deus para isso. “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho...” Hb 1.1,2 A revelação completou-se com os escritos apostólicos. As muitas coisas que o Senhor Jesus disse que ainda diria aos seus apóstolos, mas que seriam ditas depois foram ditas pelos escritores do Novo Testamento (Jo 16.12).
  No que se refere à vontade de Deus revelada nos dois Testamentos, deve-se observar que muitas coisas que foram reveladas no Antigo Testamento ao Israel etnia para observância daquele povo caducou, já cumpriram o seu papel histórico e profético, e só tem serventia para o Novo Israel, a Igreja, como figuras, tipos e exemplos a serem seguidos. Veja, por exemplo, os rituais e sacrifícios constantes do livro de Levítico, tudo aquilo foi cumprido na vida, ministério e obra realizada por Jesus.
   Ninguém está autorizado a pegar um texto do Antigo Testamento, isolá-lo do contexto, e quere-lo aplicar para a vida da Igreja como se fosse Palavra de Deus para os cristãos. As coisas registradas no Antigo Testamento para serem observadas pela Igreja como regra de fé e prática devem ter o respaldo do Novo Testamento.
    Nos boletins que se seguem, pretendemos pela graça divina dissertar de forma panorâmica sobre cada um dos livros das Sagradas Escrituras. Pretendemos ainda com isso despertar nos irmãos que fazem a III IEC/JPA e aos que nos leem através do Site da Igreja o interesse em ler a Palavra de Deus. Cremos que com essa leitura o leitor terá um apego maior as Escrituras, crescerá no conhecimento do Senhor, bem como terá sabedoria suficiente para viver de um modo que agrade a Deus.                         
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sábado, 18 de outubro de 2014

As Sete Igrejas do Apocalipse (II)


      Dissemos no primeiro boletim sobre as sete cartas do Apocalipse (24/08/14) que existem pelo menos quatro escolas que interpretam o livro de Apocalipse (Preterista, Historicista, Futurista e Idealista).
     Em relação às sete Igrejas essas escolas veem as igrejas do Apocalipse como: Igrejas históricas (Escola Preterista, Escola Historicista e Escola Idealista); Sete períodos da história da igreja (Escola Futurista).
    Quanto à Escola Futurista, os seus mentores ensinam que as  Igrejas do Apocalipse são Igrejas históricas, mas que também representam sete períodos da história da Igreja, a saber: A Igreja de Éfeso – Igreja Apostólica (30 – 100 d.C.); A Igreja de Esmirna – Igreja Perseguida (100 a 313 d.C.); A Igreja de Pérgamo – Igreja Estatal (313 a 590 d.C.); A Igreja de Tiatira – Igreja Papal (590 a 1517 d.C.); A Igreja de Sardes – A Igreja da Reforma Protestante (1517 a 1730 d.C.); A Igreja de Filadélfia – A Igreja Missionária (1730 a 1900 d.C.); A Igreja de Laodicéia – A Igreja Apóstata (1900 até a época atual...).
     Outros veem que na história da Igreja, desde o Pentecostes até a época do seu arrebatamento, toda Igreja local tem parte de crentes tipo Éfeso, que já  perderam o seu primeiro amor; de crentes tipo Esmirna, que são fiéis a Deus a ponto de dar a sua própria vida por causa do Evangelho; de crentes tipo Pérgamo, que estão comprometidos com as coisas do mundo e seguem ensinos errados; de crentes tipo Tiatira, que também como os de Pérgamo vivem comprometido com as coisas deste mundo e que são fascinados por coisas misteriosas; de crentes tipo Sardes, que não negam a fé, mas não abandonam o mundo, tem nome de quem vive, mas está morto; de crentes tipo Filadélfia, que guardam a Palavra de Deus e que são guardados por Ele em época de tribulação; de crentes tipo Laodicéia, que não são quentes nem frios, mas mornos e que estão prestes a ser vomitado da boca do Senhor,  por Lhe causar náuseas.
  Nas sete cartas, além das quatro coisas comuns que já falamos nos boletins anteriores (uma apresentação de Jesus tirada do capitulo 1 do livro de Apocalipse, principalmente da visão que João teve do Senhor glorificado; uma análise da vida interna de cada igreja feita pelo Seu Senhor, identificando pontos positivos e negativos, uma admoestação a cada Igreja, e uma promessa ao vencedor), encontramos algumas expressões comuns as sete Igrejas, quais sejam: “Ao anjo da Igreja... escreve”. Uns acham que esses anjos são seres espirituais designados por Deus para cuidar da Igreja, mas isso é muito improvável, pois os anjos de Deus são santos, puros, e em cinco delas, exceto Esmirna e Filadélfia, o Senhor os censura. Tal censura seria uma incoerência em se tratando de seres espirituais santos e puros. A melhor interpretação é que esses anjos sejam os presbíteros da Igreja (docente – Pastor, e regentes – não pastores). Essa nossa afirmação baseia-se nos textos de At 20.28 e 1 Pe 5.1-4 onde os presbíteros são constituídos pelo Espirito Santo para o pastoreio da Igreja do Senhor.
    Outra expressão que merece uma atenção especial é o insistente apelo para que se ouça o que o Espírito diz as Igrejas. Essa expressão comum às sete Igrejas falou tanto para as igrejas históricas da época como fala para a Igreja do Senhor em todas as épocas.  Todos já têm ciência de que o Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes sobre a Igreja e individualmente, a partir daquele dia, sobre cada novo convertido a Cristo (Jo 7.37-39; Ef 1.13; 1 Co 12.13; Tt 3.5,6).
     O Senhor prometeu que o Espírito Santo seria enviado para estar sempre com a Igreja até o dia do seu arrebatamento. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre. A saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós” Jo 14.16,17.
     Faz-se necessário que os crentes em Cristo  fiquem atentos para o que se diz na Igreja, procurando ouvir a voz do Espirito, que fala através dos cânticos, das pregações, das orações, da manifestação dos dons espirituais, tudo isso passando pelo crivo da Santa Palavra de Deus.       
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A Igreja de Laodicéia (Ap 3.14-22)


      A cidade de Laodicéia situava-se na Ásia Menor e teve o seu nome dado em homenagem a Laodice, esposa do rei Antíoco II, sírio, que estendera o seu domínio até aquela parte do mundo. Uma fonte de agua quente abastecia a cidade que, devido ao seu percurso, chegava a ela, morna. Nessa próspera cidade havia indústrias de lã bem como uma florescente indústria farmacêutica onde o colírio para tratar doenças de olhos era famoso.
      A Igreja em Laodicéia, tudo indica, fora fundado por Epafras um dos obreiros contemporâneo de Paulo. O apóstolo Paulo escrevera uma carta a essa Igreja, mas ela não faz parte do Cânon Sagrado (Cl 4.16). Era ela uma Igreja rica, pois a maioria de seus membros tinha uma condição social elevada, e ela se regozijava por isso.
     O Senhor Jesus se apresentou aquela Igreja como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. “Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” Ap 3.14. Com essa apresentação o Senhor Jesus se revelou aquela Igreja como uma pessoa digna de crédito pelo que iria dizer para ela. Amém significa assim seja; o que é  verdadeiro; concordo com o que se é dito. Ele ainda se revelou  como o principio da criação de Deus, ou seja, como aquele por quem tudo foi criado, e existe. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” Jo 1.3.  (veja ainda Cl 1.15-17).

 Na análise que o Senhor Jesus fez da vida interna da Igreja de Laodicéia não foi identificado nenhum ponto positivo, aliás, é a única das sete Igrejas do Apocalipse em que isso acontece. “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”Ap3.15-17. Jesus, conhecedor da vida íntima da Igreja, disse que ela não era fria nem quente, mas morna e isso lhe causava náuseas e que estava prestes a vomitá-la de sua boca, fazendo referência à água morna que chegava a Laodicéia e que causava náuseas em seus habitantes. Essa mornidão espiritual era o resultado da vida dos laodicenses comprometidas com as coisas do mundo. Eles amavam mais as coisas do mundo do que as coisas de Deus, o que acontece com muitos que fazem a Igreja na atualidade, que amam mais as coisas da presente época do que as coisas do Reino de Deus. (Leia Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17).
    O Senhor advertiu a Igreja, que se julgava rica e próspera, para que ela buscasse dele as verdadeiras riquezas espirituais que satisfazem de fato a alma humana. “aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê, pois, zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” Ap 3.18-20. As vestes brancas falam de pureza que o sangue de Jesus produz na vida daqueles que se arrependem de seus erros. Os olhos curados pelo colírio divino falam de uma visão espiritual restaurada. O Senhor revelou que estava a porta daqueles corações querendo que eles gozassem de comunhão com Ele. Ainda o Senhor diz que Ele é aquele que disciplina os membros faltosos, caso não se arrependam de seus pecados.
   Finalmente o Senhor fez uma promessa ao vencedor, dizendo que aquele que vencesse se assentaria com ele em seu trono, como ele venceu. “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono” Ap 3.21.  O Jesus que venceu com a sua morte e ressurreição garante vitória aos crentes fiéis, bem como os recompensa com bênçãos divinas no Reino vindouro.
    A carta termina com a insistente declaração do Senhor para que se dê ouvidos a voz do Espirito que habita na Igreja.       
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sábado, 4 de outubro de 2014

A Igreja de Filadélfia (Ap 3.7-13)


      A cidade de Filadélfia foi fundada por um homem chamado Átalo Segundo, em 140 a.C. Átalo tinha um irmão chamado Eumenes, ambos tinham o sobrenome Filadelfo, e por amor ao seu irmão deu a cidade o nome de Filadélfia, que significa amor fraternal. Essa cidade, atual Alasehir na Turquia, pelo fato de ter sido fundada próxima a uma área vulcânica era suscetível à ocorrência de terremotos, inclusive houve um deles que quase a destruiu, mas foi reconstruída com o auxilio do imperador romano Tibério que doou dinheiro para a sua reconstrução e a isentou de tributos, e como gratidão a cidade construiu um templo em sua homenagem. Por causa do constante perigo que corria, as suas portas eram continuamente abertas para evacuar a população quando da ocorrência de possíveis terremotos. Quando Jesus disse que tinha colocado uma porta aberta diante da Igreja, os irmãos de Filadélfia sabiam, por experiência própria, da importância de uma porta aberta, por onde havia escape diante do perigo iminente. 
     Quanto o Senhor Jesus fez a análise da vida interna daquela Igreja não encontrou nenhum ponto negativo que precisasse de uma reprimenda.
    O Senhor Jesus se apresentou aquela Igreja como aquele que é Santo e Verdadeiro e que tem a chave e a autoridade para abrir e fechar. “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre”.  Ap 3.7. Com essa declaração, o Senhor quis dizer que Ele é santo, puro, prefeito, e que é a verdade absoluta, nele não há mentira nem falsidade. Quis dizer também que só Ele tem a autoridade real para abrir e fechar e a porta que Ele abre ninguém fecha, e a que Ele fecha ninguém abre, pois  é Senhor, Rei, Soberano e todas as coisas obedecem ao Seu comando.

     Ao analisar a vida interna da Igreja, Jesus identifica a fidelidade da Igreja em guardar a Palavra de Deus e em não negar o Seu precioso nome diante de uma sociedade corrompida pelo pecado, inclusive diante da oposição que os judeus faziam ao progresso do Evangelho em Filadélfia. “Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” Ap 3.8-10. Na análise que Jesus fez, Ele revela que a Igreja é amada por Ele e que a guardaria na hora da tribulação que se aproximava. Os irmãos pré-tribulacionistas interpretam esse texto dizendo que a Igreja será arrebatada (guardada, removida) antes de se instalar a Grande Tribulação. Outros acham que guardar nesse texto significa preservar durante.
    Em seguida, Jesus faz uma advertência a Igreja de sua volta iminente e que ela deveria guardar o que tinha recebido de Deus para que não perdesse a recompensa,  que Deus dará aos seus servos fiéis. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” Ap 3.11.
    Depois Jesus fez uma promessa ao vencedor nesses termos: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome”. Ap 3.12. O redimido pelo sangue do Cordeiro receberá bênçãos extraordinárias derivadas da vida eterna, simbolizadas no texto como “coluna do templo de Deus, que não será removida”, “o nome de Deus, da santa cidade, o nome de Jesus será gravado na vida do redimido”.
    Finalizando, Jesus, como faz nas sete cartas, adverte para que se dê ouvidos ao que Espírito Santo estar dizendo a Igreja, através das mensagens dessas cartas. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” Ap 3.13.      
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti.

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...