segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Uma panorâmica sobre 2º Reis

O livro de 2º Reis continua a história dos reis de Judá e de Israel começada no livro de 1º Reis. Lembremo-nos de que o povo de Deus na época estava dividido em dois reinos, devido Deus ter rasgado o reino das mãos de Roboão por causa dos pecados de Salomão. A partir dessa divisão, o povo de Deus estava dividido entre o reino de Judá (Sul) composto de duas tribos e o reino de Israel (Norte) composto de dez tribos. Por amor a Davi, Deus preservou a sua linhagem, por causa do seu propósito redentor através de Cristo descendente da casa de Davi. Os dois reinos tiveram dezenove reis cada um até o período do cativeiro assírio (reino de Israel) e do cativeiro babilônico (reino de Judá). No reino de Judá só teve uma dinastia que foi a de Davi. O reino de Israel teve diversas dinastias. Esses dois reinos continuaram até a destruição do reino de Israel pelos assírios em 722 a.C (2º Rs 17.1-41) e a do reino de Judá em 586 a.C, pelos caldeus (2º Rs 25.1-22), sendo os respectivos remanescentes levados em cativeiro, cumprindo-se as Escrituras que diziam que se os judeus não guardassem a aliança estabelecida por Deus eles seriam levados cativos (Dt 28.63,64; 2º Rs 17.7-23). No livro em questão nos é informado que o ministério do profeta Elias terminara e começara o de seu sucessor, Eliseu. Elias realizara sete milagres e Eliseu quatorze, por causa da porção dobrada do Espirito que estava sobre ele (2 Rs 2.9,10). Ainda nesse livro nos é relatada algumas histórias maravilhosas como, por exemplo, o caso da cura de Naamã, general sírio leproso (2º Rs 5.1-19) e, também, a história do aumento do azeite de uma viúva que estava na miséria e com esse milagre feito por Deus, através de Eliseu, ela pode pagar as suas dividas e viver com o restante do dinheiro com a venda do azeite (2º Rs 4.1-7). Uma questão interessante relatada no livro é a da origem dos samaritanos que no Novo Testamento nos é dito que os judeus não se comunicavam com eles. Essa animosidade começou quando os assírios, de acordo com a sua politica de conquista, tiraram quase todos os judeus do reino do Norte e trouxe povos de outros países conquistados e os colocou na terra de Israel, especialmente, na região de Samaria (Leia o capitulo 17 de 2º Reis). O problema agravou-se na época de Neemias quando os samaritanos dificultaram a obra de reconstrução da cidade de Jerusalém e do templo. Como foi dito na visão panorâmica de 1º Reis no reinado dos reis de Israel não teve um rei sequer piedoso, todos eles (dezenove) andaram nos caminhos de Jeroboão, o primeiro rei. No reino de Judá, da dinastia de Davi, tiveram alguns reis piedosos. No livro de 2º Reis temos os reis Ezequias e Josias, dois servos de Deus autênticos. Ezequias teve um ministério com mais tempo do que Josias porque Deus aumentou os seus dias de vida em quinze anos, após uma enfermidade mortal de que foi acometido. Depois da conquista do reino do Norte pelos assírios, o rei Senaqueribe voltou-se contra Judá na época de Ezequias. Esse rei piedoso buscou o auxilio divino e Deus destruiu o exército assírio sem ter havido nenhuma batalha. Um anjo do Senhor, despachado por Deus, destruiu todo o exército inimigo (2º Rs 19.35-37). O profeta Isaías foi contemporâneo de Ezequias e o ajudou espiritualmente nessa época de ameaça dos assírios. Ezequias também promoveu uma reforma religiosa no meio do povo de Deus, relatada também no livro de 2ª Crônicas. O rei Josias também fez uma reforma religiosa no meio do povo de Deus em sua época, inclusive fez uma obra de restauração do templo em Jerusalém que estava degradado pela ação dos reis anteriores, mas por causa de uma decisão politica errada sua foi morto em batalha aos trinta e nove anos, morte essa lamentada profundamente em Israel (2 Rs 23.28-30). O ultimo rei da casa de Davi foi o rei Zedequias, em cujo reinado a cidade de Jerusalém foi tomada pelos caldeus, o templo destruído, os seus filhos mortos em sua presença e teve vazado os seus olhos, sendo ele levado cativo para a Babilônia onde morreu. 2º Reis nos diz que a causa dessa tragédia foi a continua quebra da aliança que Deus estabelecera com o seu povo no Sinal, por ocasião da entrega da lei divina (2º Rs 24.3,4). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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