segunda-feira, 15 de junho de 2015

Uma panorâmica sobre Jonas

O livro do profeta Jonas é um livro autobiográfico, nele não se encontra nenhuma mensagem profética. Nesse livro o profeta Jonas conta a sua experiência nas lides ministeriais como profeta do Senhor. Jonas profetizou no reinado de Jeroboão II (reino do Norte) 2 Rs 14.25. Fora da informação constante do texto citado e do seu livro não temos nenhuma outra informação no Antigo Testamento sobre ele. Esse profeta é citado por Cristo duas vezes. Numa como tipo de Cristo e na outra como profeta enviado por Deus para falar em nome do Senhor (Mt 12.39-31). O livro começa com a sua chamada para uma obra especifica junto a grande cidade de Nínive, capital da Assíria, a potência mundial da época. No capitulo 1 do livro de Jonas temos a convocação divina para ele ir pregar em Nínive e a fuga do profeta para um lugar distante do que Deus lhe tinha ordenado. No trajeto de sua viagem, num navio para Társis, por ordem de Deus o mar se agita e a embarcação enfrenta uma terrível tempestade que só é aplacada quando o profeta confessa que por sua causa aquilo acontecera, e o seu consequente descarte do navio e o tragamento dele por um grande peixe que Deus deparara para essa finalidade. O capitulo 2 do livro relata a angustiosa oração feita pelo profeta e a sua salvação como resposta divina. A Bíblia diz que o peixe que engolira Jonas o vomitou numa das praias do Mar Mediterrâneo por ordem de Deus, depois do profeta ter passado três dias e três noite no seu ventre. O capitulo 3 do livro relata a repetição da ordem dada por Deus para que ele fosse para Nínive e cumprisse a missão de pregar contra ela. A mensagem de Jonas, curta, objetiva, sem nenhum rodeio tem um efeito extraordinário. Toda a população daquela cidade se arrepende de seus pecados e se converte ao Senhor e por isso é poupada do juízo anunciado na mensagem profética. Foi um avivamento espiritual poderoso o que aconteceu em Nínive naquela época por graça e misericórdia de Deus. No capitulo 4 é relatado o desagrado do profeta pelo resultado de sua pregação. Esse seu desagrado foi consequência do seu preconceito contra os ninivitas, pois era um povo que não fazia parte da aliança que Deus estabelecera com Israel. Além disso, o profeta tinha consciência de que aquele povo seria usado por Deus para punir o reino de Israel (Norte), o que aconteceu em 722 a. C., quando os assírios conquistaram as cidades desse reino, e levavam o povo em cativeiro, e colocado povos estrangeiros conquistados na terra de Israel que mais tarde deram origem aos samaritanos. O desagrado do profeta é punido por Deus, numa lição dada pelo Senhor a ele, quando uma árvore que crescera da noite para o dia e dera conforto ao servo do Senhor secara também de imediato por uma ação divina. As palavras ditas por Deus a ele foi uma lição sobre o exercício da misericórdia. Parece que essa palavra (misericórdia, graça) era estranha ao rigoroso profeta. Algumas lições pode-se extrair desse precioso livro, senão vejamos: 1) Deus é o Senhor do Universo, todas as nações lhe interessam; 2) Os pecados de uma nação incomodam a Deus; 3) Geralmente antes de Deus entrar em juízo com um povo ou alguém, o adverte chamando ao arrependimento, quando Ele tem propósito nisso; 4) Os fenômenos da natureza estão sob o controle do Altíssimo; 5) Quando Deus tem um propósito em curso Ele opera com obras contingenciais para que o seu propósito seja realizado; 6) A oração é um recurso extraordinário em momentos de angústias; 7) Um avivamento espiritual sempre é provocado pela pregação da Palavra de Deus; 8) O arrependimento, que envolve sentimento e vontade, é tratado por Deus com misericórdia; 9) Mesmo sendo servos de Deus, somos ainda preconceituosos, muito ou pouco; 10) A vontade divina sempre prevalecerá, quer o homem queira ou não. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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