sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Uma panorâmica sobre Colossenses

A cidade de Colossos estava localizada próximo da cidade de Laodicéia, no sudeste da Ásia Menor, cerca de 160 quilômetros de Éfeso. Tudo indica que a Igreja de Colossos fora fundada por Epafras, companheiro de Paulo. “como aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que para vós é um fiel ministro de Cristo, o qual nos declarou também a vossa caridade no Espírito” Cl 1.7,8. O trabalho nessa cidade, sem dúvidas, surgira como um dos resultados da poderosa obra realizada pelo apóstolo Paulo em Éfeso, onde passou mais de dois anos pregando o evangelho. “E durou isto por espaço de dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” At 19.10. A carta aos Colossenses é considerada como uma epístola gêmea de Efésios por causa da similaridade dos temas enfocados, principalmente a questão da Cristologia e da questão das diretrizes para os componentes de um lar cristão. O tema da carta aos colossenses é a supremacia de Cristo. Essa supremacia abrange a obra da redenção realizada por Ele na cruz, sobre a criação, sobre a Igreja como o seu cabeça, também como autor da obra reconciliadora do homem com Deus. Cristo é retratado na epístola como aquele em que reside toda a plenitude da divindade (1.19; 2.9). Paulo escreveu essa carta em 62 d.C, aproximadamente, com o propósito de combater uma sutil heresia que surgira naquela igreja, que era uma mistura de tradições judaicas extra bíblicas e filosofias pagãs, num sincretismo religioso que enfatizava o culto aos anjos e contaminava a igreja, e deslocava a centralidade de Cristo na Igreja. Essa heresia não está descrita em detalhes na carta porque os colossenses a conheciam bem. Colossenses tem as seguintes características especiais: 1) Enfatiza mais do que em qualquer outro livro do Novo Testamento a proeminência de Cristo e da perfeição do crente nele; 2) Enfatiza com intensidade a plena divindade de Cristo e contém um belíssimo trecho a respeito de Sua glória; 3) A epístola gêmea de Efésios, devido tratar, até certo ponto, de temas similares e por terem sido escritas provavelmente na mesma época. A carta aos Colossenses, como as outras cartas de Paulo destinadas as Igrejas, tem uma parte teológica e outra parte prática. Olhando para essa carta de forma panorâmica, encontramos: 1) Uma saudação seguida de ações de graças pela fé, amor e esperança dos colossenses, e de uma oração em favor deles (1.1-12) ; 2) A exposição da poderosa doutrina sobre a proeminência de Cristo na redenção do crente. Jesus é apresentado por Paulo como o redentor vicário (1.13,14), como Senhor da criação (1.15-17), como cabeça da Igreja (1.18), como reconciliador de todas as coisas, inclusive dos colossenses (1.19-23); 3) A revelação de que Paulo fora o instrumento usado por Deus para falar acerca do mistério de Deus em Cristo (1.24-2.7); 4) Advertência de Paulo contra falsos ensinos que estava solapando a igreja. Essa advertência combatia o falso ensino acerca da pessoa de Cristo e das práticas religiosas contrárias à Sua lei (2.8-23); 5) Instruções práticas para a vida dos crentes, que englobam a conduta pessoal do crente em Cristo, o relacionamento familiar do crente como esposos, pais, filhos e servos sendo esses últimos considerados também como parte da família (3.1-4.6). Em relação a essa questão do lar, Paulo apresenta o segredo da felicidade dele: a obediência aos mandamentos divinos sobre o assunto; 6) O impacto da influência de um crente genuíno. Essa influência é derivada de uma vida dedicada à oração, de uma conduta sábia para com os estranhos a fé, e pela conversação sadia, cheia de graça (4.2-6). A carta termina, como as outras cartas de Paulo, com recomendações pessoais, saudações a irmãos da Igreja e a ministração da benção sobre ela: “A graça seja convosco. Amém” (4.7-18). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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