sábado, 27 de maio de 2017

O Preço da Traição (Mc 14.10,11)

Reflexões no Evangelho de Marcos O Preço da Traição (Mc 14.10,11) Enquanto o Senhor Jesus tinha a conversa íntima com os seus discípulos relatada nos capítulos 13 a 16 de João, o seu discípulo Judas Iscariotes tramava a sua entrega as autoridades judaicas. “E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar. E eles, ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro; e buscava como o entregaria em ocasião oportuna” Mc 14.10,11. Uma questão que sempre me intrigou foi qual a motivação que levou Judas a entregar Jesus às autoridades israelitas, depois da convivência com Ele durante três anos, compartilhando com os outros apóstolos de quase todos os episódios que o Filho de Deus foi protagonista. Será que foi a decepção que ele teve por tomar conhecimento de que Jesus não usou o seu poder para reivindicar o reinado sobre o povo de Israel? Será que foi porque não reivindicou o reinado messiânico ou não se opôs ferreamente ao domínio romano? Segundo o que se extrai do programa redentor, Judas já tinha sido designado por Deus para ser um dos instrumentos que levariam Jesus a cruz. Ele é identificado por Jesus como o filho da perdição e um cumprimento profético das Escrituras (Jo 17.12; Sl 41.9). Em Atos 4.27, na interpretação da profecia de Davi no Salmo 2.1-3, não se explica nominalmente que Judas tenha sido um dos instrumentos usados por Deus para a condenação de Jesus. Lá encontramos Herodes, Pôncio Pilatos, os gentios e os povos de Israel. Judas, por ser judeu, encontra-se no último grupo de opositores de Jesus (os povos de Israel = sacerdotes, escribas, fariseus, herodianos, Judas). O preço da traição foi trinta moedas de prata, conforme a profecia de Zacarias 11.12,13. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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